Nesta sexta-feira (27.09), a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, esteve no município de Campinápolis, reunida com caciques de diferentes aldeias da etnia Xavante. Na ocasião, a comunidade indígena foi informada de que um projeto específico de agricultura familiar para atender as aldeias está sendo elaborado.
Também participaram do encontro o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Max Russi; a deputada federal Gisela Simona; a secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), Grasi Bugalho; e o superintendente de Assuntos Indígenas, Agnaldo Santos.
De acordo com o superintendente Agnaldo Santos, a secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF), EMPAER e Superintendência de Assuntos Indígenas, sob a gestão da Setasc estão produzindo o projeto que será denominado “Alimentos da Terra – SER Família Indígena”, com o objetivo de auxiliar e capacitar a comunidade das aldeias no cultivo de alimentos.
“Assim que o projeto for concluído iremos nos reunir novamente para o lançamento. Inicialmente 40 aldeias da região de Campinápolis terão acesso ao projeto piloto. A área total será de 5 ha, mas vamos começar com 2 ha com a capacitação”, explicou Agnaldo.
Virginia Mendes destacou os esforços do Governo do Governo do Estado para que a população seja atendida.
“Esse Governo tem atendido todos os municípios, e os gestores municipais que estão administrando os recursos com responsabilidade têm feito um bom trabalho. Talvez os povos indígenas nunca tenham sido tão respeitados e atendidos como neste governo, e queremos trabalhar muito mais”, afirmou Virginia Mendes.
Virginia também falou sobre o projeto Alimentos da Terra – SER Família Indígena: “Esse projeto será um divisor de águas. Tenho certeza de que os povos indígenas irão aproveitar a produção tanto para o consumo quanto para a renda familiar”, destacou.
“Eu tenho uma alma indígena, me sinto em casa aqui. Gratidão por todo carinho. Agradeço o meu amigo e parceiro do social, deputado Máxi Russi por estar sempre ao meu lado, a secretária Grasi que me ajudou a tirar todos os projetos do papel, a minha querida amiga, deputada federal Gisela Simona por toda sua dedicação e apoio”, agradeceu a primeira-dama de MT.
Samira Tsibodowapre, juntamente com um grupo de mulheres indígenas Xavantes, fez uma homenagem em reconhecimento à dedicação e luta da primeira-dama Virginia Mendes.
“Nossa madrinha, Virginia Mendes, cuida do seu povo, e nós sabemos da sua luta por todos os indígenas”, afirmou Samira.
Max Russi ressaltou o diferencial das ações lideradas pela primeira-dama do Estado para os povos indígenas: “Ela realmente se dedica a todos os projetos de corpo e alma, e todas as ações que ela desenvolve com o SER Família, que atende mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência e povos indígenas, foram pensadas e idealizadas por ela para que a população tivesse mais oportunidades e qualidade de vida.”
A região compreende 192 aldeias e é considerada a maior população indígena, com mais de 9 mil pessoas. Atualmente, 162 aldeias são assistidas pelo programa SER Família Indígena; as demais estão passando por triagem e, em breve, serão atendidas com todo o suporte que o programa tem oferecido às outras aldeias.
A comunidade da Escola Estadual Professora Neide Enara Sima, em Nova Monte Verde (a 944 km de Cuiabá), criou o projeto “Adote uma Nascente – Águas do Futuro” para recuperação das fontes de água de rios e córregos do município.
Criado neste ano, o projeto surgiu de forma interdisciplinar nas matérias eletivas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza com o objetivo de identificar e caracterizar as principais fontes causadoras de impactos ambientais nas nascentes urbanas e rurais do município, em um raio de 10 quilômetros ao redor da escola.
“A escola foi além da identificação das áreas degradadas e da criação de um banco de dados. Com o envolvimento de 60 alunos do ensino fundamental e médio, iniciamos a recuperação da vegetação ciliar em 100% das áreas aderentes ao projeto e já temos mais de 100 mudas de árvores plantadas crescendo de forma vistosa. Ano que vem vamos dobrar essa quantidade”, explicou a coordenadora do projeto, professora Patrícia Inácio Passos.
A professora comentou também que a promoção da consciência ambiental, iniciada por 60 estudantes do projeto, agora atinge os demais 488 alunos da escola. “Nosso objetivo para 2025 é engajar 100% das turmas do ensino médio, além de estender o projeto às salas anexas que ficam fora do perímetro urbano”, completou.
Para iniciar a recuperação ambiental das fontes de água, o projeto baseou-se nas orientações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e no apoio da gestão escolar, da coordenação pedagógica e dos demais professores.
“Me sinto em uma experiência diferente vendo na prática que estamos ajudando a natureza a se recuperar. Estamos deixando um impacto positivo e um bom exemplo. Demonstramos que pequenas atitudes, como a de plantar uma muda de árvore, podem ajudar o meio ambiente a se equilibrar”, disse a estudante Rafaela Rubi Moreira Marcon, de 17 anos.
Já a aluna Lorena Colnaghi Bazani, de 18 anos, avaliou que o projeto a fez “entender melhor como a preservação das nascentes afeta tudo ao nosso redor”.
“Participar do projeto foi uma experiência transformadora. Senti-me privilegiada em fazer parte de uma iniciativa tão importante para o futuro da nossa cidade e do planeta. Plantar cada árvore foi um ato de esperança e um compromisso com a sustentabilidade”, comentou também a estudante Rafaela Rubi Moreira Marcon, de 18 anos.
De acordo com o diretor da escola, professor Valdinei de Oliveira Prado, as iniciativas têm sua importância por promover o protagonismo juvenil na resolução de problemas do meio ambiente, principalmente no contexto da degradação ambiental de nascentes.
“Estamos realizando uma aprendizagem diferenciada que vai estimular as potencialidades dos nossos jovens e crianças, além de contribuir no contexto socioambiental em que vivem”, concluiu.