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PreviSinop oferece palestra para servidores aposentados sobre como ressignificar o luto

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O processo de ressignificação do luto, foi o tema da palestra de hoje (23), no encontro do grupo de pós aposentadoria “Sorrisos não envelhecem”, do PreviSinop. A palestra foi ministrada pela psicóloga Elivanda Silva de Abreu que apresentou técnicas de respiração, capazes de ajudá-los em situações de conflito, além de outras ferramentas que auxiliam no entendimento desse momento. Servidores aposentados compartilharam suas experiências.

Através dos atendimentos psicológicos que o PreviSinop oferece aos segurados aposentados desde o início da gestão do prefeito Roberto Dorner, foi identificada a necessidade de falar sobre o luto, como explica a psicóloga da instituição, Rubhia Leal Pedrotti. “Muitas vezes essas pessoas que têm dificuldade no processo de luto, centralizam o outro e esquecem de si mesmo. É importante trabalhar essa autonomia e compreensão dos seus próprios sentimentos e desejos. Trabalhamos nos atendimentos esse processo de ressignificar o momento de perda e principalmente, para que o paciente possa fechar ciclos e recomeçar a vida dele em alguns pontos que são necessários para o enfrentamento do luto. O atendimento vem para que o paciente entenda que precisa se adequar a uma nova rotina, que ele precisa se colocar no centro da vida dele”, acrescentou.

A servidora aposentada Sueli Fidelis que perdeu dois filhos, relatou que a ajuda profissional foi fundamental para superar as perdas. “Eu já me culpei. Com a ajuda de um psicólogo consegui superar isso. Entendi que tem coisas que não depende de nós. Ficaram boas lembranças. Devemos confiar em Deus. Acredito que vamos nos reencontrar um dia!”, desabafou.

A psicóloga Elivanda de Abreu, explica que o luto não está restritamente relacionado a morte. No entanto, é necessário lidar com esse processo de perda quando não há como reverter a situação, neste caso. “Às vezes as pessoas perdem um animal de estimação, passam por uma mudança de emprego, perdem um ente querido. A ressignificação depende da subjetividade de cada pessoa, do quanto isso que ela perdeu era importante. Uma despedida simbólica, lembrar dos momentos bons, e buscar ajuda profissional quando necessário, ajudam nesse processo. Temos que entender que é uma fase da vida e devemos ressignificar essa dor”, completou.

Para a servidora aposentada Beatriz Gomel, por mais que exista uma compreensão sobre a perda, o sofrimento é inevitável. “Eu acompanhei a minha mãe 64 dias na UTI e vi a luta dela e pedia que Deus a levasse, porque o sofrimento era muito grande. O mais difícil foi ocupar o espaço que ela ocupava na minha vida. Eu cuidava dela e esse espaço ficou vazio. Eu tive que trabalhar isso. O tempo cobre isso. Não sinto culpa, fiz tudo que estava ao meu alcance. E apesar as boas lembranças, nada supera a saudade!”, enfatizou.

O PreviSinop iniciou os atendimentos psicológicos pela necessidade de oferecer esse suporte aos servidores aposentados. Desde então, foram realizados mais de 450 atendimentos.

Fonte: Prefeitura de Sinop – MT

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