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Economia

Prévia da inflação sobe em 0,69% em março, puxada por Transportes

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Os combustíveis encareceram os preços no setor de Transportes
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Os combustíveis encareceram os preços no setor de Transportes

A prévia da ; inflação de março apresentou alta de 0,69%, após o índice de 0,76% registrado em fevereiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado ;nesta sexta-feira (24) pelo IBGE, aponta que a maior variação e o maior impacto vieram de Transportes, com 1,50% e 0,30 p.p. respectivamente. O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 2,01%, menor do que os 2,54% registrados no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 5,36%, abaixo dos 5,63% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2022, a taxa foi de 0,95%.

Com exceção de Artigos de residência, cujos preços recuaram 0,18%, todos os demais grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de março. O destaque foi Transportes, responsável pela maior variação e o maior impacto no índice. Houve uma aceleração no resultado desse grupo em relação a fevereiro, quando teve variação de 0,08%. Os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,18% e 0,15 p.p.) e Habitação (0,81% e 0,12 p.p.) apareceram em seguida. Alimentação e bebidas (0,20% e 0,04 p.p.), por outro lado, desacelerou na comparação com o mês anterior, quando registrou variação de 0,39%. Os demais ficaram entre o 0,08% de Educação e o 0,75% de Comunicação.

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O aumento de 5,76% nos preços da gasolina, subitem com maior impacto individual no IPCA-15 de março (0,26 p.p.), foi determinante para a alta apresentada pelo grupo Transportes. A subida de preços do etanol (1,96%), que em fevereiro havia tido queda de 1,65%, também contribuiu. Óleo diesel (-4,86%) e gás veicular (-2,62%) registraram queda, diferentemente dos demais combustíveis (4,67%). Outro ponto a ser destacado foi a alta de 9,02% nos transportes por aplicativo, após recuo de 6,05% no mês passado.

No grupo Saúde e cuidados pessoais os perfumes (5,88% e 0,06 p.p.) exerceram a maior influência, em contraponto ao que se viu em fevereiro, quando os preços haviam caído 1,66%. Assim, os itens de higiene pessoal tiveram alta de 2,36% no índice de março, impactados também pelos artigos de maquiagem (3,81%), sabonetes (1,85%) e produtos para cabelo (1,34%). Além disso, o item plano de saúde (1,20%) continua incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

Já no grupo Habitação o principal fator para a alta de 0,81% foi a energia elétrica residencial (2,85% e 0,11 p.p.). As variações das áreas ficaram entre -1,13% no Rio de Janeiro, onde houve redução de PIS/COFINS, até 11,66% em Belo Horizonte, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reincluídas na base de cálculo do ICMS, o que também ocorreu em Porto Alegre (10,76%) e Curitiba (10,42%), e em uma das concessionárias de São Paulo (1,12%). No Rio de Janeiro, ocorreram reajustes de 7,49% e 6,00% nas duas concessionárias pesquisadas. Ambos entraram em vigor a partir de 15 de março, último dia do período de referência do IPCA-15.

A desaceleração de Alimentação e bebidas tem como razões as quedas mais expressivas nos preços da batata-inglesa (-13,14%) e do tomate (-6,34%). Cebola (-12,13%), óleo de soja (-2,47%), contrafilé (-2,04%) e frango em pedaços (-1,94%) foram outros subitens que também mostraram recuo nos preços. No sentido oposto, os preços do ovo de galinha subiram 8,00% neste mês.

A alimentação fora do domicílio, por sua vez, passou de 0,40% em fevereiro para 0,68% em março, o que pode ser explicado pelas variações superiores às do mês anterior tanto do lanche (1,02%) quanto da refeição (0,50%).

Único grupo a apresentar queda em março, artigos de residência foi influenciado pela redução de 1,81% dos itens de tv, som e informática, especificamente os televisores (-1,89%) e os computadores pessoais (-1,68%).

Em relação aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em março. Porto Alegre e Curitiba foram as cidades com as maiores variações, ambas com 1,13%. Nos dois casos a energia elétrica foi a principal responsável, com variações de 10,76% e 10,42% respectivamente. Já o menor resultado foi observado em Salvador (0,37%), influenciado pelas quedas de 10,35% nas passagens aéreas e de 9,13% no seguro voluntário de veículo.

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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