A presidente eleita do México , Claudia Sheinbaum , se negou a assumir qualquer posição que envolva o país em propostas de mediação para a crise política na Venezuel a . Em uma declaração feita nesta segunda-feira (12), Sheinbaum disse que a responsabilidade de mediar a crise deve recair sobre organismos internacionais, e não sobre o México.
“Respeitamos a todos. Mas acima de tudo o direito dos venezuelanos de decidir quem os governa. Se há algum problema, para isso existem as instituições internacionais “, afirmou a futura presidente, sem mencionar quais seriam essas entidades.
A negativa da futura mandatária foi uma resposta à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, que pedia à política mexicana que “ouvisse a dor das mães venezuelanas” para pressionar Maduro a deixar o poder.
Sheinbaum tomará posse em 1º de outubro para ocupar o lugar do presidente Andrés Manuel Lopez Obrador.
Balde de água fria
A fala de Sheinbaum pode abalar as esperanças da comunidade internacional, que via nos esforços coordenados do México, Brasil e Colômbia uma possível mediação para a crise política na Venezuela.
Nas últimas semanas, os três países emitiram nota em que afirmaram que exigiriam transparência por parte de Maduro, sem chancelar sua narrativa de que houve uma suposta vitória de seu campo na eleição. A medida teve o apoio de países como Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.