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MATO GROSSO

Presidente e vice participam de colóquio sobre direitos da mulher na Justiça do Trabalho

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A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva, e a vice-presidente da Corte Estadual, desembargadora Maria Erotides Kneip, participaram nesta terça-feira (20 de junho) do Colóquio sobre Trabalho da Mulher com Recorte Étnico-Racial, realizado no Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT/MT).
 
No evento, foram discutidos temas pertinentes às igualdades para as mulheres, representatividade, preconceitos, conscientização, ouvidoria da mulher, além do trabalho infantil, pluralidade e diversidade – tudo em formato de uma conversa descontraída entre as participantes e os participantes.
 
“Direitos humanos é uma pauta que o TJMT tem se primado por estar sempre presente nessas discussões, em especial quando se trata de questões tão sensíveis quanto o trabalho da mulher, questões de etnia, pelo viés da humanização dessas relações. Pensamos que o quanto pudermos ter mais consciência e levar conscientização por meio dessas ações é que vamos identificando onde estão possíveis resistências e onde há necessidade de intervenção para erradicar esse pensamento que vem em confronto com o postulado maior da dignidade de todas as pessoas”, ressaltou a presidente.
 
Dados como o percentual de 51% de mulheres na população brasileira, expectativa de vida, grau de escolaridade, mercado de trabalho e sustento da família foram trazidos pela desembargadora Maria Erotides em sua fala, em contraponto com a baixa representatividade feminina na política, nas corporações, nos espaços públicos e de poder.
 
“Nós podemos estar, sim, em todos os lugares que nós quisermos, que tivermos vocação para isso. Penso que essa é a raiz e parte de nós. Tomara que nós consigamos vencer todo esse preconceito para que possamos ocupar lugares de liderança por nossa competência, por nossos estudos porque nós podemos sim. Estou pronta para ajudar e o resto da minha vida quero dedicar a isso, a ajudar mulheres a serem valorizadas como elas são. Fim à desqualificação do feminino!”, enfatizou a magistrada.
 
A desembargadora Adenir Carruesco, do TRT23, fez a abertura do evento trazendo muitos dados sobre a situação das mulheres na sociedade brasileira e a estruturação da cultura patriarcal que reproduz muitas ações misóginas, de preconceito de gênero – o mais sólido, histórico e arraigado de todos os preconceitos, segundo ela. A magistrada citou a música “Mulheres de Atenas”, de Chico Buarque, como uma crítica ao ser feminino, filósofos que pregavam a inferioridade da mulher, visões religiosas sobre a subserviência feminina e desvalorização da mulher no mercado de trabalho.
 
“A nossa cultura mundial foi forjada sob uma perspectiva patriarcal, sob um olhar masculino. Vemos a grande necessidade de voltar sempre a esse debate. Quais são os principais desafios que temos pela frente? Por que, apesar de a legislação nos garantir igualdade, essa igualdade não se mostra na realidade? Há necessidade de debates como este, em lugares como este, em que as mulheres tiveram voz, tiveram vez e gritaram ao mundo é que nós tivemos os avanços que tivemos, mas não podemos nos acomodar. Precisamos continuar avançando”, defendeu a desembargadora.
 
O evento foi organizado também pela Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), presidida pela advogada goianiense Manoela Gonçalves Silva. Ela falou sobre a importância da discussão das condições de trabalho doméstico, do trabalho infantil,
 
É um assunto que trata da dignidade da pessoa humana, dos direitos humanos. Quanto mais a sociedade discutir, vem a conscientização dos direitos e deveres, tanto dos empregadores quanto dos empregados. Para que a relação de emprego seja permeada com respeito e dignidade, ambas as partes têm que se conscientizarem de seus direitos e deveres. Ainda trazemos arraigados pela nossa cultura o trabalho escravo e precisamos disseminar de vez a exploração do trabalho humano. Aqui hoje são tratados temas de grande relevância com grandes mulheres que se dedicam na parte científica e de direito social”, frisou.
 
O dia 20 de junho foi escolhido por ser o Dia da Advocacia Trabalhista.
 
#Paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual.
Primeira imagem: foto horizontal colorida do plenário do TRT, onde estão sentadas as desembargadoras Clarice e Adenir e a advogada Manoela em poltronas cinzas ao centro e a plateia está sentada de frente em poltronas vermelhas. Ao fundo, há cadeiras e computadores do Pleno e esculturas de mármore de elementos indígenas e da natureza.
Segunda imagem: foto horizontal colorida da presidente Clarice falando ao microfone. Ela é uma mulher branca, de cabelos claros, veste blusa bege e terno bege com tom alaranjado, além de brincos e colar de pérolas. Ao fundo, as bandeiras de Mato Grosso e do Brasil.
Terceira imagem: foto horizontal colorida do dispositivo de honra, onde a desembargadora Maria Erotides fala ao microfone e as outras participantes olham para ela. Todas estão sentadas ao centro do plenário, que tem carpete azul.
Quarta imagem: foto horizontal colorida da desembargadora Adenir falando ao microfone. Ela é uma mulher negra, de cabelos longos castanhos, usa camisa branca e preta listrada, colar de pérolas e usa óculos.
Quinta imagem: foto horizontal colorida da advogada Manoela em primeiro plano, que concede entrevista para a TV.JUS em um microfone que tem a espuma preta e azul, fala olhando para a câmera e gesticula com a boca. Ela é uma mulher branca, loira, usa maquiagem, batom vermelho, terno preto e um colar de pedras com a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
  
Mylena Petrucelli/Fotos: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Quebrando o silêncio e encorajando: “Se precisar, peça ajuda”

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Falar sobre saúde mental é algo desafiador nos tempos que vivemos, mas precisamos quebrar o silêncio e abordar esse assunto. Quantas pessoas estão, neste momento, passando por agonia, sem saber por onde começar? Muitas questões estão acumuladas no subconsciente, transformando a vida em uma aflição, quando, na verdade, a vida é um presente, uma dádiva.

No Brasil, o mês de setembro passou a ser dedicado a essa discussão a partir de 2015, por diferentes entidades que buscam esclarecer a população sobre o tema, usando a cor amarela. Assim surgiu o “Setembro Amarelo”. No entanto, uma campanha internacional teve início nos Estados Unidos após a trágica morte do jovem norte-americano Mike Emme, que tinha 17 anos. A família e os amigos não perceberam que Mike precisava de ajuda, e ele acabou tirando a própria vida.

Recentemente, a família do jovem norte-americano concedeu uma entrevista a um veículo de comunicação e compartilhou a dor da perda, que nunca tem fim para a família e os amigos. Contudo, ao olharem para a mobilização gerada pela morte do filho e a compaixão em ajudar outras pessoas a enfrentar problemas semelhantes por meio das campanhas, o sentimento de dor se transformou em uma missão de ajudar o próximo.

Histórias como essa estão por toda parte. Como mãe, esposa e atualmente servindo à população como primeira-dama do Estado, tenho a responsabilidade de falar sobre o assunto. Quero encorajar as pessoas a olhar mais para o próximo. Não estou falando de cuidar da vida do outro, mas de tentar perceber sinais que podem estar atormentando aqueles ao nosso lado. Da mesma forma, encorajo as pessoas que estão passando por problemas a encontrar um porto seguro e conversar com alguém; esse é o primeiro passo. Os sintomas do suicídio são silenciosos, e o escape se dá com a depressão, e nem sempre conseguimos identificar esses sinais.

Especialistas alertam que a depressão é uma doença psicológica grave e frequentemente subestimada, que pode levar ao suicídio. Caracterizada por alterações de humor, às vezes uma pessoa que demonstra uma alegria constante pode estar escondendo uma dor; tristeza profunda; baixa autoestima e sensação de falta de perspectiva. A depressão pode ter várias causas, incluindo fatores genéticos, perdas pessoais, desilusão amorosa e abuso de substâncias.

A doença faz com que a pessoa se sinta envergonhada, rejeitada e solitária, e, devido à sua subestimação social, pode levar a pensamentos suicidas como uma forma de escapar das angústias. É crucial buscar acompanhamento profissional para o tratamento da depressão, o qual pode reduzir significativamente o risco de suicídio.

Se você está passando por um momento difícil, saiba que não está sozinho(a). Pedir ajuda é um ato de coragem. Converse com alguém de confiança, procure um profissional e, se precisar, ligue para o CVV: 188.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), no Brasil, 12,6% dos homens, a cada 100 mil, em comparação com 5,4% das mulheres, a cada 100 mil, morrem devido ao suicídio. A única maneira de ajudar uma pessoa que está com pensamentos suicidas é o apoio de pessoas próximas e profissionais. Se precisar, peça ajuda; esse é o melhor caminho. Nem sempre conseguimos superar nossas fragilidades sozinhos. Além dos familiares e amigos, procure um profissional habilitado. O processo não é fácil, mas, com determinação e fé, a superação é uma questão de tempo.

Quem acompanha meu trabalho sabe que já passei por inúmeros desafios com minha saúde, momentos delicados. A única coisa que eu pensava era como superar algo que não dependia apenas de mim. Todas as doenças que enfrentei e a minha superação diária vão além da minha força de vontade. No meu caso, a fé em Deus, a minha família e a ajuda profissional foram primordiais, pois há momentos em que o corpo e a mente cansam. É nesse momento que precisamos ser humildes o suficiente para dizer: “Sim, eu preciso de ajuda”.

A vida é maravilhosa; a vida é um presente diário. “Se precisar, peça ajuda.”

Virginia Mendes é economista, mãe de três filhos, primeira-dama de MT e voluntária nas ações de Governo na área social por meio da Unidade de Ações Sociais e Atenção à Família (UNAF).

Fonte: Governo MT – MT

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