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Economia

Presidente do TCU elogia âncora fiscal: “Atende necessidades do país”

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Ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas
CNN / Reprodução

Ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas

O presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, afirmou nesta segunda-feira (3) em entrevista ao “Roda Viva”, da TV Cultura, que o novo arcabouço fiscal atende às necessidades do país. Ele disse que já teve acesso ao texto genérico da proposta que será enviada ao Congresso Nacional.

“Nossa avaliação é que o novo arcabouço é equilibrado, porque fixa de maneira clara um teto e um piso que é para concentrar as prioridades do governo”, afirmou.

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Sobre o aumento do gasto público propiciado pela nova regra, Dantas afirma que deve-se ao modelo de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A população chancelou um programa nas urnas. Evidentemente que esse programa tinha uma conotação de mais proteção estatal dos menos favorecidos. Então, é absolutamente natural que o arcabouço fiscal, da forma como está proposto, sirva para cumprir despesas extraordinárias que o presidente apresentou em sua campanha”, disse.

Dantas, no entanto, ressaltou dois problemas da proposta: a proposição de zerar o déficit em 2024 e de alta na arrecadação superior a R$ 130 bilhões.

“Nós enxergamos algumas coisas no arcabouço. O 1º deles, há uma promessa de zerar o deficit primário já em 2024. Isso depende, claro, e todos estão falando, de encontrar R$ 130 bilhões em receitas para que esse número seja factível”, disse.

O 3º ponto levantado por Dantas é a necessidade de uma “governança fiscal”.

“São instituições que vão permitir que aquela meta que foi estabelecida, mês a mês, seja avaliada e caso esteja se distanciando do que está previsto na norma, seja conduzida ao objetivo da lei que vai ser votada e aprovada no Congresso”, declarou.

Segundo ele, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) propôs a criação de um “comitê de modernização fiscal”, com integrantes do Planejamento, Fazenda e do TCU.

“O comitê tem uma mesa de diálogo institucional com todos os atores do ciclo orçamentário. 1º quem planeja, 2º quem executa, e 3º quem fiscaliza. No caso, fariam parte desse comitê os ministérios do Planejamento e Orçamento, da Fazenda e o Tribunal de Contas da União”, acrescentou Bruno Dantas.

Novo arcabouço fiscal

O “novo arcabouço fiscal” propõe, através meta de superávit e controle de gastos, zerar o déficit público primário da União no próximo ano e ter superávit primário de 1% do PIB em 2026. O superávit primário é o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo, excluindo gastos com pagamento de juros.

Como anunciou Haddad, os gastos da União se limitarão a 70% do crescimento da receita. Com isso, o Orçamento volta a ter aumento real, ou seja, acima da inflação. No entanto, caso a arrecadação não seja suficiente para atingir a meta de superávit, esse percentual cai para 50% no ano seguinte e 30% no posterior.

Por exemplo, se a projeção for de alta de 5% acima da inflação na arrecadação no ano seguinte, as despesas poderão crescer até 3,5%. Agora, se esses 5% não forem suficientes para atingir o superávit primário, as despesas subirão apenas 2,5% ou 1,5%.

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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