O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) do Rio de Janeiro, Jorge Perlingeiro, fez uma fala racista no podcast Só Se For Agora, na noite de segunda-feira (13). Perlingeiro questionou a cor de um dos carnavalescos da Portela entrevistados. Podcast é umapublicação digital em formato de áudio ou vídeo.
Em podcast, Jorge Perlingeiro questionou a cor de um dos entrevistados: “Você é negro, preto? Estamos precisando dar uma tinta em você”, disse ao carnavalesco da Portela.
. Você está muito clarinho. Sua mãe é negra, seu pai? Você não está com essa negritude toda”, perguntou.
Em nota, a Portela se manifestou nas redes sociais prestando solidariedade aos carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues, presentes ao podcast. “Seguimos juntos na nossa jornada para uma sociedade em que a cor da pele não seja um defeito, o que está muito além de um desfile carnavalesco.”
A Portela lembrou que é uma instituição fundada por pretos, pobres e suburbanos há mais de 100 anos. “Temos como princípio a luta contra o preconceito de qualquer espécie, bem como o apoio incondicional à diversidade, Ao longo das décadas, ajudamos a fincar os pilares para construção de um mundo do samba múltiplo e plural.
A reportagem entrou em contato com a Liesa e aguarda posicionamento.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.