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BRASIL

Presidente da Itália abre exposição dos 150 anos da imigração italiana

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O presidente da Itália, Sergio Mattarella, visita nesta quinta-feira (18), às 18h30, a Biblioteca Nacional (BN), no Rio de Janeiro, vinculada ao Ministério da Cultura. A última visita de um chefe de estado estrangeiro à instituição ocorreu há 40 anos, quando Léopold Sédar Senghor, então presidente do Senegal, esteve no Brasil, em 1984.

Mattarella será recebido pelo presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, e irá inaugurar, presencial e também virtualmente, a exposição Rio: Nova Roma – Alianças Culturais – 150 anos da imigração italiana, montada no saguão da BN especialmente para a visita e que permanecerá acessível de forma virtual no site da BNDigital.

Lucchesi ressaltou que a exposição marca os 150 anos da primeira leva migratória que ocorreu em 1874. “É o momento em que se comemora, de fato, essa relação tão importante do ponto de vista cultural, artístico, científico, entre Brasil e Itália. A Biblioteca Nacional tem, a seu favor, peças importantíssimas dessa história”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Jornais

A primeira parte da exposição ressalta quase uma centena de jornais escritos e publicados no Brasil pela comunidade italiana, de característica abrangente e ecumênica, publicações anarquistas, socialistas, católicos, destacou Lucchesi. “São jornais que guardam um grande tesouro, porque tratam da história do Brasil, de debates importantíssimos, os anarquistas, por exemplo, que tiveram papel fundamental nas greves de 1917”.

O presidente da Fundação Biblioteca Nacional afirmou que há, nos textos, uma grande leitura do Brasil feita por olhos estrangeiros e, ao mesmo tempo, com um italiano que vai obtendo inúmeras variações. “Porque muitas dessas páginas são escritas em um italiano que os próprios italianos ainda não dominam porque a Itália foi unificada há pouco tempo nesse período. Então, nós temos um importante laboratório de língua para os próprios italianos: a participação dos dialetos, a miscigenação da língua brasileira com a italiana”. Do ponto de vista linguístico, essa é uma grande riqueza, tanto para o Brasil, como para a Itália, acentuou Lucchesi.

Ele salientou ainda, referindo-se aos jornais italianos, que uma parte do Modernismo brasileiro é fruto dessa língua misturada do italiano e português. “Há um livro de poemas jocoso, muito famoso e apreciado por Mário de Andrade, que se chama La Divina Increnca. É um livro importante que vem dessa presença italiana no Brasil que vai desde La Divina Increnca até Anarquistas Graças a Deus, de Zélia Gattai, só para citar dois exemplos”.

Renascimento

Lucchesi comentou que a segunda parte da mostra possui grande riqueza ao tratar de um livro do frade franciscano e matemático italiano Luca Pacioli, ilustrado por Leonardo da Vinci. “É uma raridade que nós temos na BN”. Seguem-se incunábulos e livros antigos que foram impressos desde o Renascimento italiano.

Em um segundo momento, poderão ser vistas as gravuras e desenhos da Escola Italiana de Desenhos, englobando grandes nomes e tradições de escolas da Itália. Esse material faz parte da coleção Costa e Silva, que foi adquirida ainda no século 19, na cidade de Bolonha, com a escola de Vasari, Guercino, Annibale Carracci, Guido Reni. O final da exposição reúne gravuras do arquiteto Piranesi. “Vai ser um momento de grande emoção, porque são gravuras imensas, guardadas na iconografia”.

No dia 4 deste mês, a fachada da Biblioteca Nacional foi iluminada com as cores da bandeira da Itália, em celebração aos 150 anos de imigração italiana no Brasil. A iluminação foi acionada remotamente de Roma pela princesa Elettra Marconi, filha de Gugliemo Marconi, da mesma sala de onde o inventor italiano iluminou a estátua do Cristo Redentor, em 1931.

Parceria

Marco Lucchesi informou ainda que desde o início deste ano vem conversando com a Biblioteca Nacional de Florença sobre a possibilidade de um memorando de cooperação entre as duas instituições.

“Nós vamos estudar a melhor forma de participação. É uma biblioteca muito importante, extremamente rica, e estamos estudando a melhor forma de fazermos troca de experiência”, informou.

A Biblioteca Nacional é a maior biblioteca da América Latina e uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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