O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, pediu desculpas nesta quarta-feira (19) a veteranos militares LGBT que sofreram abuso sexual, violência, intimidação e assédio enquanto serviam nas Forças Armadas antes da proibição de homossexualidade ser suspensa em 2000.
O Reino Unido suspendeu a proibição somente depois que o Tribunal Europeu de Direitos Humanos rejeitou um argumento de que isso era necessário para proteger a moral e o poder de combate entre suas tropas, dizendo que a política violava os direitos humanos.
Antes disso, muitos homossexuais tentavam esconder sua sexualidade ou corriam o risco de serem dispensados das Forças Armadas.
Uma revisão independente foi lançada no ano passado para examinar os testemunhos de veteranos LGBT que serviram entre 1967 e 2000 para reconhecer o impacto das políticas. A análise foi publicada nesta quarta-feira.
Sunak disse na Câmara dos Comuns nesta quarta-feira que a proibição foi um “fracasso terrível do Estado britânico”.
“Como o relatório de hoje deixa claro, naquele período muitos sofreram os mais horríveis abusos sexuais e violência, intimidação homofóbica e assédio enquanto serviam bravamente este país”, disse ele.
“Em nome do Estado britânico, peço desculpas.”
O relatório disse que uma chamada pública por evidências levou a mais de 1.120 respostas, incluindo cerca de 300 de veteranos que foram demitidos ou dispensados por causa de atos sexuais homossexuais e sua orientação homossexual.
O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, disse que a revisão lançou uma luz sobre “um capítulo histórico vergonhoso e inaceitável da história de nossas Forças Armadas”.
A homossexualidade foi descriminalizada em 1967 na Inglaterra e no País de Gales, e em todo o Reino Unido no início dos anos 1980.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.