A obra demandou o investimento de quase R$ 1,5 milhão e começou a ser erguida em meados de 2020. Inicialmente, a empreitada sofreu atrasos por conta de mudanças que foram feitas em relação ao projeto inicial, elaborado por uma empresa terceirizada. E depois de entregue vários problemas foram identificados no prédio. Segundo a Semcid, a empreiteira já foi notificada por questões que envolvem problemas no telhado, na parede e no forro; já foi multada em R$ 30 mil, porém os defeitos não foram corrigidos; e, de acordo com o contrato todo defeito que surgir dentro de um prazo de cinco anos é de responsabilidade da empresa.
“Como não houve retorno da empresa, a Prefeitura vai realizar todos os reparos pelo Programa Revitalização; precisamos urgentemente corrigir esses defeitos e tornar o espaço operacional”, explica o prefeito. E a conta dos reparos será encaminhada à empreiteira. “Nada mais justo, já que a obra permanece de responsabilidade da empresa nesse momento visto que o prédio ainda está no período de garantia”, reforça.
Estiveram reunidos com o prefeito para debater a demanda o gestor da Semcid, Ednilson Oliveira; o gestor da Saúde e Saneamento, Luis Fábio Marchioro; o adjunto da pasta Sílvio Stolfo; o secretário de Administração, Estevam Calvo; o adjunto de Governo, Ivan Oliveira; o procurador jurídico Éslen Parron e o vereador Diogo Kriguer.
A obra
Inicialmente orçada em R$ 1.180.072,28, a obra do prédio conta com uma área construída de 543,27 m², dividida em uma recepção ampla, sete salas de atendimentos, vestiários, banheiros, copa e depósito, além de um recinto específico para tratamento de água da edificação. Outra intervenção necessária para entregar o local foi a construção de estacionamento e calçadas.
Ao todo, uma área de 754,39 m² em volta do prédio, localizado Avenida Brasil, no bairro Vila Romana, conta com calçada e estacionamento em paver, com 24 m² de piso tátil direcional e 2,94 m² de piso tátil de alerta. Além deste espaço, outros 894,22 m² com pedra brita foram destinados a estacionamento. Nesta etapa de construção, foram investidos mais R$ 311.047,00.
Operacionalização
Como o serviço de hemodiálise é considerado de alta complexidade, não é de responsabilidade do Município. No entanto, o Município está investindo recursos próprios e buscando alternativas para melhorar a qualidade de vida de todos os sorrisenses que necessitam deste tratamento, colocando no passado a rotina de viagens para passar pelo procedimento em Sinop.
A operacionalização do Centro deve se dar por uma empresa terceirizada, visto que os serviços são de alta complexidade, e devem ser custeados pelo Ministério da Saúde. Tal processo será viabilizado por meio de uma concorrência pública, com maior lance ou oferta.
Por esse mecanismo, as empresas interessadas em explorar o serviço de operacionalização e gerenciamento de serviços de Terapia Renal Substitutiva (TRS) pelos próximos 20 anos devem fazer o maior lance ou oferta para utilizar a estrutura física erguida pela Prefeitura. De forma mais simples, a empresa terá a possibilidade de instalar a clínica de tratamento renal na estrutura construída pelo Município.
O Centro de Hemodiálise deve permitir o que serviço seja disponibilizado tanto via Sistema Único de Saúde (SUS), quanto para atendimentos por planos de saúde e também particulares.