A prefeitura de Sinop, por meio da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação, certificou, nesta segunda-feira (29), seis famílias que decidiram passar pelo processo de capacitação do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora e se abrir para receber temporariamente, em seus lares, crianças e adolescentes com vínculos familiares rompidos ou fragilizados. Essas pessoas escolheram contribuir com a política pública de acolhimento a crianças e adolescentes, garantindo o direito deles à convivência familiar e comunitária, até que haja condições viáveis para o retorno à família de origem ou encaminhamento para adoção. Além das famílias e da secretária de Assistência Social, Scheila Pedroso, também estiveram presentes no evento o Juiz Jacob Sauer, titular da Vara Especializada da Infância e Juventude de Sinop, o Promotor de Justiça Nilton Padovan e a Defensora Pública Luciana Barbosa.
Casada e mãe de duas filhas, Clara Silva é uma das pessoas que decidiu abrir seu lar e sua família para acolher temporariamente crianças e adolescentes que precisarem. “Acolhimento é um ato de amor, eu quero dividir esse amor com essa criança, para que a cada lar que ela passar, ela possa levar um pouco do amor que recebeu na minha casa e da minha família. A capacitação foi ótima, nos deixou bem tranquilos”, considerou.
Orientar as famílias acolhedoras vai além de transferir informações, se trata também de um momento de capacitação emocional. “É um grande desafio, mas ao mesmo tempo gratificante. A gente vê que é um projeto em que o amor precisa estar à frente, as pessoas precisam se abrir e abrir sua casa para receber essas crianças. Sabemos que é desafiador porque tem o momento da chegada, onde a família se prepara para receber, mas também o da despedida. Tem sido gratificante demais ver como as pessoas carregam amor, que estão aptas e abertas para fazer esse movimento de receber e depois se despedir”, considerou a coordenadora do serviço, Quetti Caciana Schulz.
Lindielli Rodrigues também faz parte das famílias acolhedoras junto com sua filha, ela relata como conheceu o serviço. “Fiquei sabendo através do serviço da Assistência e o que me motivou a participar foi a necessidade que a gente vê nessas crianças em serem acolhidas. Eu sou mãe, tenho uma filha de 9 anos e pretendo acolher mais uma criança”, relatou. As famílias acolhedoras fazem parte da política pública do direito à convivência familiar e comunitária, porque prestam atos de cuidado e proteção às crianças e adolescente mais vulneráveis, aqueles que passaram por vivências de rupturas, traumas e perdas em suas histórias pessoais e, portanto, precisaram ser afastadas dos cuidados parentais.
A secretária de Assistência Social, Trabalho e Habitação, Scheila Pedroso, lembra que Sinop aderiu ao Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora em abril do ano passado, quando foi feito um intenso trabalho de mobilização da sociedade sobre o serviço. “Hoje toda nossa rede está preparada para atender essas crianças e adolescentes, que precisaram ser afastadas da família de origem por um período, queremos devolver a elas o aconchego de um lar, segurança e proteção. Agora estamos mais estruturados ainda com as famílias acolhedoras e também porque temos uma equipe técnica específica que acompanha e orienta durante esse processo”, detalhou.
Fonte: Prefeitura de Sinop – MT