O Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese-DF) encaminhou, na última semana, um ofício ao governador Ibaneis Rocha (MDB) para fazer uma alerta sobre pontos polêmicos que integram o Projeto de Lei Complementar 41/2024 e que trata dao Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília ( PPCub ).
De acordo com o Codese-DF, a avaliação levou em conta a importância da preservação do Patrimônio Histórico e Cultural da capital do País, outorgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1989. Segundo o órgão, há a necessidade de um crescimento “ordenado e participativo”.
“Nosso Conselho é apartidário, propositivo, consultivo e composto por membros voluntários. A discussão e a aprovação do PPCub são de extrema importância, considerando que nossa capital é patrimônio histórico e cultural da humanidade”, registrou o Codese-DF no texto enviado ao governador do DF.
Durante a aprovação pela Câmara Legislativa ( CLDF ), foram apresentadas 174 emendas, das quais 110 foram acatadas. O Codese-DF garante ter analisado todas as emendas e identificou que algumas delas poderiam comprometer o conceito do conjunto urbanístico de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Uma das principais preocupações levantadas pelo Codese-DF é a possibilidade do aumento de altura de lotes nos Setores Hoteleiros Norte e Sul. O Conselho ressaltou a importância de realizar um estudo adequado antes de aprovar qualquer mudança nesse sentido, considerando a volumetria, impactos de trânsito e a consulta pública, antes da sanção governamental.
“O aumento de altura de lotes nos Setores Hoteleiros Norte e Suld e 13,50m para 35m, até que um estudo adequado seja realizado, considerando volumetria, impactos de trânsito e análise dos órgãos competentes, além de consulta pública”, frisou.
Além disso, o Codese-DF sugeriu vetar algumas possibilidades para evitar dúvidas futuras, como a atividade de “camping” no Parque dos Pássaros e a mudança de destinação de lotes na beira do Lago Paranoá para a construção de condomínios.
Preocupação
O governador Ibaneis Rocha (MDB) , afirmou, mais cedo, que irá analisar todos os pontos considerados preocupantes no texto aprovado pela Câmara Legislativa, no mês passado, e que pretende autorizar mudanças na ocupação da área central de Brasília, que é tombada, pela Unesco.
“Já pedi para analisarem todos os pontos polêmicos e vamos fazer algumas reuniões técnicas para chegar ao melhor texto”, afirmou o chefe do Executivo ao GPS|Brasília .
Ainda nesta terça-feira (16), a CLDF publicou, a redação final do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília ( PPCub ), texto que foi aprovado pelos deputados distritais no mês de junho e que tem levantado inúmeras polêmicas, como a permissão de motéis nas áreas residenciais da w3 e até o aumento de andares de hotéis localizados no centro da capital, que passariam de três para 12 andares.
Com quase duas mil páginas, a proposta foi divulgada na íntegra em edição extra do diário da CLDF e agora seguirá para sanção ou vetos do goveernador nos próximos dias.
De acordo com a Lei Complementar 13/1996, é de quinze dias úteis, contados a partir do recebimento no protocolo, o prazo para que o projeto seja sancionado ou vetado, total ou parcialmente. A partir da sanção ou veto, o governador tem 48 horas para comunicar a decisão à CLDF.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.