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Potencialidades de favela do estado do Rio são tema de documentário

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Um menino jogando futebol na rua ao entardecer. Esta imagem pode parecer normal e cotidiana, mas, quando se examina melhor o contexto em que está inserida, chega-se à conclusão de quão natural e banal se tornou a violência em algumas comunidades. A imagem foi feita após um dia de intenso tiroteio na Favela da Marambaia, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, em 2022, pela fotógrafa Anna de Souza, mais conhecida como Anna Drew.

Em entrevista à Agência Brasil, Anna Drew contou que saiu para comprar pão logo após a troca de tiros. “Avistei os meninos lá em cima, como se nada tivesse acontecido. Eles começaram a jogar bola, essa imagem me prendeu de alguma forma, e consegui tirar a foto.”

Para Anna, a violência se tornou parte da vida de quem mora na favela, pois as pessoas têm que sair logo depois do tiroteio para trabalhar, estudar e continuar a rotina. 

A fotografia foi escolhida para o cartaz da 10ª edição do Curso de Extensão Mídia, Violência e Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ressalta a resiliência dos moradores que seguem em frente, mesmo diante da adversidade. Anna disse que “sentiu” que a foto do menino poderia ser usada em algo importante. 

História de vida

Anna começou a carreira fotografando os bastidores das peças das quais participava, em um curso de teatro próximo de sua casa, onde foi acolhida por quatro ano após ter sido expulsa de casa ao revelar aos pais sua homossexualidade. Durante esse tempo, ela aprendeu a fotografar, dirigir e atuar.

Atualmente, a jovem está produzindo o documentário Minha Favela, Minha Vida, no qual pretende mostrar a realidade dos moradores da comunidade onde nasceu e cresceu. Anna disse que as imagens já foram gravadas e que o vídeo está editado. Agora, ela busca recursos técnicos e financeiros para lançar o projeto.

“Eu achava que, por não ter o equipamento adequado, não conseguiria [filmar], mas agora já tenho um roteiro escrito, estou buscando uma maneira de lançar o documentário. Quero mostrar o que as pessoas da favela acham da favela e não o que é mostrado pela mídia em geral”. Tudo foi filmado e editado em aparelho celular.

No filme, a fotógrafa quer destacar as potencialidades dos moradores da Marambaia, os pontos culturais, a culinária e o cotidiano das pessoas da favela. Formada em Comunicação Popular pelo Coletivo BemTV, de Niterói, Anna Drew pensa em abrir uma produtora e dar seguimento ao compromisso de retratar a realidade de pessoas anônimas e mostrar os moradores das favelas, expondo seus aspectos positivos, que são frequentemente estigmatizados.

Anna já confirmou presença na aula sobre comunicação comunitária e outras narrativas, que será ministrada na 10ª edição do curso de extensão Mídia, Violência e Direitos Humanos. Promovido pelo Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza de Almeida (Nepp–DH), o curso terá aulas às quartas-feiras, das 17h às 20h, de 6 de setembro a 8 de novembro, no Auditório do Nepp-DH, no campus universitário da UFRJ na Praia Vermelha, no bairro da Urca. 

As aulas serão transmitidas pelo Canal MVDH no YouTube. Para acessar o edital completo e o formulário de inscrição, é preciso acessar este link.  As inscrições podem ser feitas  até o dia 13 deste mês.

*Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara 

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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