O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, comunicou nesta quinta-feira (9) a dissolução do Parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas. A decisão ocorre na sequência da apresentação da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em meio a uma megaoperação anticorrupção que o investiga.
As eleições legislativas antecipadas estão agendadas para 10 de março, conforme declarado por Rebelo. No entanto, o presidente expressou o desejo de antecipar a data, o que se mostrou inviável devido ao processo de substituição da liderança no Partido Socialista.
Agradecendo a Costa pelo serviço à causa pública, Rebelo informou que a demissão formal ocorrerá em dezembro. Enquanto isso, António permanecerá interinamente no cargo até que seu sucessor seja escolhido.
A decisão de convocar novas eleições recebeu amplo apoio das siglas de direita, incluindo o Partido Social-Democrata. Pesquisas indicam que 67,8% dos portugueses também apoiam a realização de eleições antecipadas.
O escândalo de corrupção, denominado Operação Influencer, tem como foco negócios relacionados ao lítio e ao hidrogênio verde, cruciais para os projetos de transição energética da União Europeia.
António Costa negou veementemente qualquer ato ilícito, mas optou por renunciar, destacando que a dignidade do cargo de primeiro-ministro não é compatível com suspeitas sobre sua conduta.
A Operação Influencer resultou na detenção de vários membros do governo, incluindo o chefe de gabinete de Costa, Vítor Escária, e o consultor Diogo Lacerda Machado. O ministro das Infraestruturas, João Galamba, também está sob investigação.
As suspeitas se concentram nas negociações e desbloqueio de procedimentos relacionados à exploração do lítio e ao projeto de hidrogênio verde.
A Procuradoria-Geral da República, embora tenha oferecido poucos detalhes sobre as acusações contra Costa, confirmou que o nome do primeiro-ministro foi mencionado por suspeitos durante as investigações.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.