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Agronegócio

Portos do Paraná prevê movimentar 3,647 milhões de toneladas de soja no último trimestre

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A empresa Portos do Paraná, que administra os portos de Paranaguá e Antonina, no Estado do Paranpa, prevê movimentar 3,647 milhões de toneladas de grãos de soja no último trimestre de 2023.

Caso essa previsão se concretize, significará um aumento de 203% em comparação com o mesmo período de 2022, que registrou a movimentação de 1,2 milhão de toneladas de soja. Esses números refletem a tendência de crescimento ao longo de todo o ano.

De janeiro a agosto de 2023, as exportações de soja já alcançaram 10,1 milhões de toneladas, um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 8,1 milhões de toneladas. Atualmente, a movimentação de soja representa 25% do total movimentado nos portos paranaenses.

Além disso, o farelo de soja também é um segmento em destaque nas estimativas para o último trimestre deste ano. A empresa estatal projeta movimentar 1,4 milhão de toneladas desse produto de outubro a dezembro, um crescimento de 72% em relação ao mesmo período do ano passado.

Esses números expressivos são influenciados por vários fatores, incluindo o aumento do calado, que se refere à profundidade em que os navios carregados podem navegar. Essa mudança tem proporcionado maior segurança logística e atraído navios de maior porte para o litoral do estado.

Além disso, a eficiência dos dois Corredores de Exportação, Leste e Oeste, desempenha um papel fundamental nesse cenário. Eles têm atendido com sucesso às crescentes demandas do mercado e estão preparados para o próximo trimestre. No primeiro semestre deste ano, o Corredor Leste do Porto de Paranaguá registrou a maior movimentação de cargas em mais de meio século.

Adicionalmente, a Portos do Paraná está prestes a iniciar a construção do Moegão, um sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos. Isso promete aumentar a capacidade de desembarque de carga em 63%. São investidos R$ 592 milhões nesse projeto para garantir a eficiência na movimentação de grãos no estado.

A implementação do Moegão também desempenhará um papel fundamental no sucesso de outro investimento importante, a Nova Ferroeste. Essa obra expandirá o traçado da atual Ferroeste para aumentar a área de descarga ferroviária no estado. A nova ferrovia ligará Maracaju, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá, estendendo-se por 1.567 quilômetros e incluindo ramais que vão de Cascavel a Foz do Iguaçu e Chapecó (SC).

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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