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Agronegócio

Porto de Santos bate recorde de embarques do agronegócio: crescimento de 18,7%

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O Porto de Santos continua a registrar crescimento na movimentação de cargas, alcançando em maio a marca de 15,8 milhões de toneladas. Este valor representa um aumento de 4,9% em comparação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 15,1 milhões de toneladas. Com esse desempenho, o movimento acumulado no ano atingiu 72,8 milhões de toneladas, estabelecendo um novo recorde para o período, com um incremento de 11,5%.

O agronegócio mais uma vez liderou esse crescimento, com destaque para o açúcar, que registrou embarques de 2,2 milhões de toneladas em maio, um aumento de 18,7%. Nos primeiros cinco meses do ano, o total embarcado de açúcar foi de 9,45 milhões de toneladas, um crescimento impressionante de 65,6%. Outros produtos agrícolas também mostraram desempenho notável: o café em grãos atingiu 204,7 mil toneladas em maio (+89,1%) e 1,0 milhão de toneladas no acumulado do ano (+65,3%). As carnes somaram 225 mil toneladas no mês (+32,2%) e 994,9 mil toneladas no acumulado (+28,0%). A celulose contabilizou 631,7 mil toneladas em maio (+14,3%) e 3,2 milhões de toneladas no ano (+2,7%), enquanto as descargas de fertilizantes chegaram a 662,9 mil toneladas em maio (+40,4%) e 2,78 milhões de toneladas no acumulado do ano (-6,1%).

Anderson Pomini, presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), comentou: “A infraestrutura para atendimento às safras agrícolas está em expansão no complexo portuário de Santos e é um dos fortes indutores desse desempenho”.

A movimentação de cargas conteinerizadas também registrou excelentes resultados, com 443,6 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em maio, um aumento de 10,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, o volume somou 2,12 milhões de TEU, 17% acima do período anterior, ambos recordes históricos.

No geral, os embarques totalizaram 11,912 milhões de toneladas em maio, um crescimento de 4,1%, e 54,3 milhões de toneladas no acumulado do ano, 13% acima do mesmo período de 2023. As descargas somaram 3,89 milhões de toneladas em maio, um aumento de 7,5%, e 18,5 milhões de toneladas no acumulado, um incremento de 7,3%.

Os granéis sólidos atingiram 37 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses do ano, um aumento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2023. Os granéis líquidos somaram 8 milhões de toneladas, um crescimento de 8,2%, ambos recordes para o período. Neste segmento, a gasolina se destacou com 166,7 mil toneladas em maio (+293,9%) e 489,7 mil toneladas no ano (+79,7%). Óleo diesel e gasóleo registraram 211 mil toneladas em maio (+102,9%) e 790,9 mil toneladas no acumulado do ano (+23,7%).

Em maio, o Porto de Santos registrou 472 atracações de navios, um aumento de 0,2%, totalizando 2.305 atracações nos primeiros cinco meses do ano, um incremento de 5,1%.

A participação do Porto de Santos na corrente comercial brasileira atingiu 29% no acumulado do ano. Cerca de 29% das transações comerciais do Brasil com o exterior foram com a China. São Paulo manteve-se como o estado com maior participação nas transações comerciais através de Santos, com 52,7%.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Projetos estadual e federal podem corrigir injustiças ambientais e impulsionar o agronegócio

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Duas propostas legislativas — uma estadual e outra federal — prometem corrigir falhas históricas na classificação de biomas em Mato Grosso, aliviando os custos para produtores rurais e ampliando a competitividade do agronegócio no estado. A primeira, em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), reclassifica áreas dos biomas amazônico e cerrado, enquanto a segunda, na Câmara dos Deputados, visa retirar o estado da Amazônia Legal.

Atualmente, muitos produtores rurais em Mato Grosso precisam preservar até 80% de suas propriedades por estarem localizadas em áreas classificadas como floresta amazônica, mesmo em regiões de cerrado ou transição. Para ajustar essas áreas à realidade, os proprietários são obrigados a gastar altos valores com laudos técnicos para comprovar que suas terras pertencem ao bioma cerrado, onde a reserva legal exigida é de 35%.

A proposta estadual, aprovada em primeira votação, busca corrigir essas distorções ao redefinir os limites entre biomas. Se aprovada, permitirá que áreas erroneamente classificadas como floresta amazônica passem a ser reconhecidas como cerrado, alinhando a legislação ambiental à realidade no campo.

O deputado Carlos Avallone, presidente da Comissão de Meio Ambiente e autor da proposta, defende que a reclassificação é essencial para reduzir custos e ampliar a área disponível para produção agrícola. “Estamos corrigindo equívocos históricos que penalizam produtores que já preservam boa parte de suas terras. Essa mudança é técnica e necessária”, afirmou.

Produtores argumentam que, em muitas regiões de cerrado, onde é exigida a preservação de 80%, a vegetação é tratada como floresta de forma equivocada. Segundo lideranças do setor, isso encarece a produção e reduz a competitividade do Brasil no mercado global, especialmente diante das exigências internacionais.

Especialistas alertam que a reclassificação poderia abrir caminho para o desmatamento de até 10 milhões de hectares. Porém, produtores destacam que não se trata de “desmatamento indiscriminado”, mas de uma adequação técnica que garante a manutenção da preservação obrigatória de 35% em áreas de cerrado, conforme o Código Florestal.

Além disso, ambientalistas temem impactos na credibilidade do Brasil no mercado internacional, mas deputados como Juarez Costa, autor da proposta federal, ressaltam que o agronegócio brasileiro já adota padrões elevados de sustentabilidade.

No âmbito federal, o projeto de retirar Mato Grosso da Amazônia Legal promete aliviar ainda mais os custos para produtores, que seriam dispensados de preservar 80% de suas propriedades, como ocorre atualmente. Apesar do parecer contrário do deputado Coronel Chrisóstomo na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o texto ainda será debatido em outras instâncias legislativas.

A segunda votação da proposta estadual será crucial para determinar o futuro da legislação ambiental em Mato Grosso. Se aprovada, representará um avanço na segurança jurídica dos produtores e um estímulo ao agronegócio, pilar econômico do estado. O debate revela a necessidade de equilibrar conservação ambiental e crescimento econômico em um dos principais estados produtores do Brasil.

O agronegócio mato-grossense, responsável por alimentar milhões de pessoas no Brasil e no mundo, reforça que ajustes como esses são indispensáveis para garantir sua sustentabilidade econômica e ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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