Celso Portiolli fez um esclarecimento em tom de desabafo por alguns minutos durante a programação do SBT em homenagem a Silvio Santos , que morreu aos 93 anos. Na tarde deste domingo (18), o apresentador disse que não gosta de ser apontado como seu “substituto”, e que o desejo de Silvio era ter seu legado honrado pela família, citando Patricia Abravanel.
O assunto veio à tona após um comentário feito por Ronnie Von durante uma chamada por vídeo. “O Silvio é absolutamente inimitável. É um entre milhões, não vai aparecer um substituto para o Silvio – embora ele tenha dito que você seria o substituto dele” , disse, em referência a Portiolli.
Celso, então, esperou o fim da entrevista para esclarecer o tema De acordo com ele, este tipo de comentário remete aos anos 1990, por uma entrevista do criador do SBT que dizia “O Celso Portiolli tem tudo para me substituir”. “Ele não disse ‘vai’, disse ‘tem tudo’”, justificou.
“Substituição jamais passou pela minha cabeça, porque é um peso muito grande, que a Patricia Abravanel está segurando e honrando Ela está honrando o legado do pai. Essa era a vontade dele: ter uma pessoa da família para fazer o que ele fazia. E ter alguns bons colaboradores para fazer um bom trabalho na TV que ele criou – eu sou esse cara”, explicou.
Atualmente, Celso Portiolli apresenta o Domingo Legal entre as 11h15 e as 18h15 – ou seja, sete horas seguidas no ar – aos domingos no SBT. É mais tempo, por exemplo, do que têm as filhas de Silvio Santos, somadas, no mesmo dia.
Isso, somado a seus trejeitos e carisma, é um dos motivos pelos quais ele tem sido apontado como “substituto” do apresentador. Em entrevistas, ele rechaça o possível título: “Eu nunca acreditei nisso e até hoje não acredito”.
Confira a íntegra do comentário de Celso Portiolli sobre o tema:
“Isso não foi culpa minha. Quando comecei, ele, Silvio Santos, quis me dar uma força. Um produto dele, lançando, quis dar uma força. A revista Veja pediu uma frase para ele, que respondeu o seguinte: ‘O Celso Portiolli tem tudo para me substituir’.
Ele não disse ‘vai’, disse ‘tem tudo’. Era uma maneira de ele validar o produto dele: ‘É muito bom, tem qualidades, também!’. Só que aquilo virou uma loucura na minha vida, que acabou me moldando.
Eu tive que sumir da mídia no começo da minha carreira, dispensei assessora de imprensa, não queria dar entrevista para ninguém. Porque tudo que eu falava era ‘o sucessor do Silvio Santos’.
Ele tinha um pouquinho mais de idade do que eu tenho hoje, estava no auge. Como você fala de sucessão de uma pessoa que está no auge, trabalhando com toda vontade do mundo. Aquilo passou a me incomodar, e possivelmente incomodar a ele também.
O que eu fiz? Sumi. Simplesmente desapareci. Nunca divulguei audiência de programa de televisão. Nunca comemorei, falei nada, simplesmente desapareci para que parassem de falar isso. Porque, em primeiro lugar, eu sei me colocar no meu lugar.
Eu sei o tamanho do talento do Silvio Santos, o tamanho da história dele, seria muita petulância minha dizer: ‘Eu tenho condições de substituir o Silvio Santos’. Jamais! Eu sempre deixei claro: sou um soldado, estou no pelotão de lutas do Silvio Santos.
É para brigar, vamos brigar. Vou estar sempre ao lado dele, lutando para fazer um bom programa de televisão, usando tudo aquilo que ele me ensinou e aprendi com ele.
Agora, substituição… Isso jamais passou pela minha cabeça. Porque é um peso muito grande, que a Patricia Abravanel está segurando e honrando o legado de seu pai.
A Patricia vem bombando na audiência, crescendo a cada domingo, e sempre mando recados à Patricia. O último foi sobre isso: te assisti. Você está crescendo como animadora, mais solta, a cada programa.
Ela está honrando o legado do pai dela. Essa era a vontade dele: ter uma pessoa da família para fazer o que ele fazia e ter alguns bons colaboradores ao lado da Patricia para que, juntos, possamos fazer um bom trabalho e ter uma grande audiência na televisão que ele criou. E eu sou esse cara. Lógico, que termos outras pessoas ao lado para colaborar e honrar o legado dele”.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.