Com mais de 20 anos de história, o Portal iG passa por mudanças na gestão coorporativa. Júlia Correia, então diretora comercial, assume agora o cargo de CEO da empresa.
Natural de Recife (PE), Júlia é jornalista por formação, atuou como repórter televisiva. com passagens por afiliadas da Record TV e da Band. Unindo a paixão por vendas e tecnologia à carreira, migrou para a área comercial. Com experiência na venda de publicidade para Spotify, Kwanko e players de retargeting, Júlia é casada e está à espera do primeiro filho. “Estou vivendo um turbilhão de emoções ao mesmo tempo. Foi muito uma surpresa muito feliz e gratificante viver todos esses desafios ao mesmo tempo”, comemora a executiva.
A nova CEO, contará com dois reforços de peso no board da companhia. Paulo Leal, jornalista e publicitário com 35 anos de mercado, assume como vice-presidente executivo do iG. Ele, que foi um dos fundadores do Portal em 2000, acumula passagens por MTV, ESPN, Disney, Estadão, RedeTV, Time for Fun, AlmapBBDO e Dentsu. Já índio Brasileiro, fundador do UOL e com 30 anos de carreira em empresas como Folha de São Paulo, Bradesco e Starmedia no currículo, assume como vice-presidente de Novos Negócios.
“Nós vamos investir em conteúdos de notícias, finanças, empreendedorismo, futebol e entretenimento, e-commerce e publicidade, bem como estratégia de posicionamento do Portal para acelerar nosso crescimento em 2023. Em 2025, quando completaremos 25 anos, vamos apresentar plano para abertura de capital em Bolsa”, adianta Paulo Leal. “Vamos intensificar a produção de conteúdo junto com a parceria do jornal O Dia, grupo de comunicação vice-líder do Rio de Janeiro, combinando mais de mil notícias diárias de interesse da audiência. Uma potência em geração de conteúdo próprio”, explica o novo VP Executivo do iG.
Os últimos anos da empresa foram dedicados à reestruturação das operações após as várias aquisições da marca, para ganho “musculatura”. “Temos a reputação de um veículo de comunicação que democratizou a internet no Brasil, com o corpo e a cultura de uma startup. O iG tem inovação e disrupção no DNA, muito antes de essas palavras entrarem na moda”, comenta a nova CEO.
“O iG tem awareness positivo de mercado, reunindo verticais e parceiros de sucesso como Último Segundo, iG Gente, iG Queer, Infomoney, Catraca Livre, Grupo O Dia e Grande Prêmio. Vamos ampliar as parcerias com olhar especial para publishers de futebol, carros, empreendedorismo, finanças e economia”, afirma Índio Brasileiro, que completa: “Estamos prontos para retomar nosso crescimento e sermos protagonistas em produção de conteúdo com relevância e pertinência.”
A meta do novo trio gestor do iG é, a curto prazo, dobrar a audiência e o alcance com a produção de ainda mais conteúdo, além do lançamento de produtos. Afinal, prestação de serviço também está no core da companhia. No plano de expansão, está a ampliação da redação, contratação de colunistas e influenciadores, além de novas parcerias que incluem redes sociais e agregadores podcasts e videocasts.
As mudanças de agora se somam a investimentos recentes da empresa. No início de junho, vindo da Globo, o publicitário Heitor Selman assumiu como gerente de Produtos Digitais & Growth. Em maio, a especialista em SEO Luciana Puricelli passou a liderar a área no iG.
O setor de venda publicitária também conta com mudanças. Karina Garcia, profissional que liderava operações comerciais do iG há três anos, assume a gerência do departamento, e Rodrigo Francisco, executivo da empresa desde 2018, a gestão de Grandes Contas.
A área de tecnologia segue sob o comando de Anderson Roberto Pinto e Thiago Calil continua como editor-chefe da redação.
O iG foi lançado em 2000, inovando com a viabilização do acesso gratuito à internet no Brasil. Prestes a completar 25 anos de mercado, o Portal alcança mais de 50 milhões de pessoas por mês, sendo 22 milhões apenas no estado de São Paulo, e conta com grandes anunciantes parceiros como Volkswagen, Amazon, Via Varejo, Oi, Evino, Hopi Hari, Sabesp e Samsung. A previsão é de faturamento em 2023 é de R$ 30 milhões e EBTIDA positivo de 32%.
Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.
As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.
Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.
A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.
Melhorias
A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.
Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.
Expansão
Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.
Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.
Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.
Fontes de recursos
No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.
Golpes
O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.
O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.