Os Estados Unidos e a Rússia estão enviando navios e submarinos a Cuba, iniciando uma nova tensão entre os dois países. Mas por qual motivo as duas nações mandaram embarcação para a região?
A presença de navios de guerra russos em Cuba, incluindo navios modernos com capacidade nuclear e equipados com mísseis hipersônicos, é vista como uma demonstração de força por parte da Rússia.
Isso acontece em um contexto de piora das relações entre Rússia e Ocidente devido à guerra na Ucrânia, que não há qualquer previsão para chegar ao fim.
Além disso, a proximidade geográfica de Cuba com os Estados Unidos, especialmente com a Estação Aérea Naval dos EUA em Key West, Flórida, faz com que essa movimentação seja monitorada de perto pelos americanos.
A presença dos navios russos em Cuba é interpretada como uma mensagem de Moscou para Washington de que a Rússia pode desafiar os Estados Unidos em sua própria esfera de influência.
Outro fator é o histórico de tensões entre EUA, Rússia e Cuba, remontando à Guerra Fria. A Crise dos Mísseis Cubanos em 1962 é um exemplo emblemático desse período, quando a presença de mísseis soviéticos no país caribenho desencadeou uma grave crise entre os dois países.
Portanto, a presença de navios e submarinos russos e americanos em Cuba atualmente reflete uma complexa interação de fatores geopolíticos, históricos e estratégicos entre essas potências.
Entenda o caso
O conflito aumentou com a chegada de um submarino nuclear de ataque rápido dos Estados Unidos à Baía de Guantánamo, em Cuba, na última quinta-feira (13).
Esta ação foi uma resposta à movimentação russa, que enviou navios de guerra ao país caribenho na quarta-feira (12).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.