O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pretende pedir desculpas pelas declarações polêmicas sobre o governo de Israel. A aposta dele é de que o isolamento israelense na guerra contra a Palestina é uma resposta de que o mundo concorda com as declarações.
Para Lula foi sintomático o fato de que nenhum governante do Ocidente repudiou as afirmações ou mesmo se posicionou a favor da administração de Israel. A aliados, o presidente tem dito que o recado precisava ser dado e atingiu o objetivo.
Mesmo com os ruídos da fala, Lula não se mostrou arrependido. A pessoas próximas, ele chegou a afirmar que a comparação com Hitler era para chocar e atrair a atenção do mundo para o que vem acontecendo em Gaza.
Pessoas próximas do presidente, como a primeira-dama, Janja da Silva, têm feito uma defesa veemente. Ela chegou a lembrar que Lula comparou o governo de Israel ao governo nazista e não houve comparação ao povo judeu.
Lula insiste que não se trata de uma guerra, mas de um genocídio e que a comunidade internacional precisa parar Netanyahu antes que mais inocentes morram. Nos bastidores, o mandatário brasileiro já afirmou que não tem reprimenda e muito menos sanções. Ele tem lembrado que o Brasil é muito mais participativo no cenário internacional que Israel.
Um recado claro de que Lula não irá se desculpar e dobrará a resposta contra o governo ocorreu nesta segunda-feira (19). Pouco depois do governo israelense anunciar que iria convocar o embaixador brasileiro em Israel, o presidente decidiu chamá-lo de volta ao Brasil.