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População em situação de rua de SP enfrenta frio e baixa em doações

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A população em situação de rua na capital paulista terá que enfrentar a frente fria dos próximos dias com menos cobertores e agasalhos do que em outros momentos. Para a coordenadora do projeto Solidariedade Vegan, Vivi Torrico, as notícias sobre o aumento da violência na região central da cidade têm afastado as  doações. “As pessoas estão com um pouco de raiva de toda essa situação que está vivendo o centro da cidade, os arrastões, roubos, e acabando esquecendo um pouco desse lado compassivo”, disse.

A cidade de São Paulo registrou nesta quinta-feira a madrugada mais fria do ano, com os termômetros marcando 8,8 graus Celsius no extremo sul da cidade. A previsão é que uma massa fria mantenha as temperaturas baixas pelos próximos dias.

Segundo Vivi, a campanha para arrecadação de cobertores do grupo, que também distribuiu marmitas para pessoas em situação de rua, está “bem fraca”. A coordenadora chama atenção para o apoio a pessoas mais vulnerabilizadas como forma de reduzir as tensões na cidade. “Se a gente não dá um alimento, uma barraca, um cobertor, tudo isso vai ficar pior. É uma panela de pressão prestes a detonar e a gente está tentando, de uma forma bem amorosa e consciente, amenizar isso”, acrescentou.

Em um colchão em frente ao Theatro Municipal, no centro paulistano, Tiago da Cruz, de 34 anos, contou ter percebido uma diminuição na quantidade de doações. “Estamos sem roupa, sem chinelo, sem trabalho, sem nada. A única coisa que está chegando é comida. Este ano está bem pior”, enfatizou ele, que vive desde os 12 anos de idade nas ruas.

Luiz Henrique Reis, de 24 anos, que divide espaço na marquise de um prédio desocupado no local, acrescenta que as ações de zeladoria da prefeitura tornam a situação ainda mais difícil. “Os caras levam nossos bagulhos tudo, nosso colchão, nossa coberta. Muitas vezes não deixam nem tirar as nossas roupas e os nossos pertences”.

Para o cofundador do projeto SP Invisível, Vinicius Lima, a entrega de doações ainda é fundamental para as pessoas que dormem nas calçadas da capital paulista. “Todos esses projetos que estão indo para a rua, assim como o SP Invisível, são projetos que nessa ação específica do inverno, salvam vidas mesmo”, ressaltou.

No entanto, Lima defende a necessidade de políticas estruturantes para garantir acomodações a essa população. “O frio não pode pegar a gente desprevenido. A solução seria construção de habitação, de dormitórios e quartos”, afirmou.

O ativista explica que mesmo nos abrigos oferecidos pela prefeitura há uma série de problemas que dificultam o acolhimento. “Tem muito relato de albergue com colchão furado, colchão com bicho. Albergue que separa marido de mulher, crianças de pais. Ou, às vezes, a própria dinâmica de horário de albergue, a pessoa que tem um trabalho, um bico, pode perder essa vaga”, enumera alguns dos pontos que fazem com que boa parte das pessoas em situação de rua ainda escolha dormir nas calçadas.

Prefeitura

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (20), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, informou que foi montada uma ação para acolher essa população nos dias de frio. “Antecipamos, estava previsto para o dia 30 o programa Baixas Temperaturas, tendo em vista que a gente teve antes de ontem o alerta de baixas temperaturas a partir de hoje. Estamos com as vagas disponíveis para a pernoite daqueles que desejarem ir, com três tendas, distribuição de cobertores, de roupa, todo o aparato necessário, coordenado pela Secretaria de Assistência Social para dar o acolhimento às pessoas em situação de rua”.

A capital paulista tem aproximadamente 22 mil vagas de acolhimento em diversos serviços. Sobre as condições dos albergues, a Agência Brasil entrou em contato com a prefeitura e a reportagem será atualizada assim que tiver retorno. 

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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