A Polônia enviará pelo menos dois mil soldados para a fronteira com Belarus. A ação dos poloneses, anunciada nesta quarta-feira (9) por fontes ministeriais em Varsóvia, tem o objetivo de conter possíveis travessias ilegais e manter a estabilidade na região.
O envio de mais tropas para a fronteira ocorre pouco depois de Varsóvia acusar Minsk de violar seu espaço aéreo, aumentando as tensões entre os dois países.
Além disso, a Polônia acompanha com preocupação os exercícios militares de Belarus, reforçados pela presença de mercenários do grupo russo Wagner, que foram embora de Moscou após o fracassado motim.
O Ministério das Relações Exteriores polonês chamou a violação de outro “elemento para aumentar a tensão”. Já o Ministério da Defesa de Minsk se defendeu ao dizer que as acusações foram “rebuscadas” e inventadas para justificar o aumento de tropas.
A Polônia já teria informado a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre o incidente supostamente ocorrido nas proximidades do corredor de Suwalki, uma região estrategicamente significativa para todos os envolvidos no conflito.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.