A cidade de São Paulo amanheceu nesta terça-feira (3) com estações de metrô e a grande maioria das linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) paralisadas devido à greve conjunta a Sabesp . O objetivo dos sindicalistas é lutar contra o plano de privatização levantado pelo governo estadual paulista.
Segundo os sindicalistas, a privatização do Metrô, CPTM e Sabesp acarretarão na piora da qualidade dos serviços. Como justificativa, eles trazem o caso das Linhas 8 e 9 da CPTM, que são geridas pela ViaMobilidade e somam mais de 160 falhas apenas no primeiro ano de gestão. Além disso, trazem como exemplo o caso no Rio de Janeiro, que privatizou o serviço de saneamento, sendo comandado pela Cedae, e também acumula diversos problemas.
Em nota, os sindicalistas afirmam que “o direto de greve é constitucional, portanto, é legítimo. Cabe aos trabalhadores definirem os interesses pertinentes às suas categorias. Os trabalhadores do transporte e da água prestam serviços públicos e queremos que esses serviços permaneçam sendo públicos e de qualidade”.
“Historicamente, o Sintaema exerce o direito de greve respeitando os direitos da população e assume o compromisso que desta vez não será diferente. O sindicato ressalta que a greve é uma das formas de luta que na trajetória do país levou a conquista de direitos dos trabalhadores (as) e defendeu melhores condições de vida para a população.”
“A greve do dia 3 de outubro se volta para a defesa do direito à água, ao transporte e ao saneamento públicos com prestação de serviços de qualidade e tarifas justas para todo o povo de São Paulo. A privatização desses serviços fracassou no Brasil e no mundo. Em São Paulo vai resultar na dilapidação de um patrimônio do povo paulista, que é a Sabesp”, finalizam.
Reação de Tarcísio
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez uma coletiva de imprensa criticando o movimento dos sindicalistas. Segundo ele, a greve é “abusiva, ilegal e política”, além de afirmar que manterá o estudo dos projetos de privatização do metro e da CPTM.
Tarcísio ainda afirmou que a greve não foi convocada com intuito de reivindicar questões relacionadas a salário, mas sim como forma dos sindicatos atuarem “de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas”.
“A esfera de debate para privatização são as audiências públicas e não por meio da ameaça ao impedimento do direito de ir e vir do cidadão. É por meio do processo de escuta de diálogo das desestatizações que os sindicatos contrários devem se manifestar, de forma democrática, convencendo atores políticos e a própria sociedade de que a proposta do Governo de São Paulo não é a ideal”, diz o governador.
“Infelizmente aquilo que a gente esperava está se concretizando. Temos aí uma greve de Metrô, CPTM, uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política, uma greve que tem como objetivo a defesa de um interesse muito corporativo. E quem tá entrando em greve tá se esquecendo do mais importante que é o cidadão”, disse Tarcísio.
Tarcísio ainda afirmou que a consulta pública é uma parte do projeto para a privatização, mas que a “discordância não pode ser motivo de paralisação”. “Existe o momento e o foro adequados para dar contribuições”, afirmou o governador.
É lamentável que a população de São Paulo acorde mais uma vez refém de sindicatos que manobram os trabalhadores do transporte público estritamente por interesses políticos e ideológicos. Uma greve ilegal e abusiva, na qual nem mesmo a decisão da Justiça é respeitada e que tem…
Chamado de ” Pacotão de privatizações “, o plano de Tarcísio de Freitas engloba a desestatização do Metrô, Sabesp e trem até Campinas. O Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) de São Paulo, já acumula 17 projetos de privatização de Parcerias Público-Privadas. Neste pacote, a construção da linha de trem que liga São Paulo a Campinas e a concessão da Linha 7 da CPTM já possuem data para o leilão, marcado para fevereiro de 2024.
Um estudo de R$ 62 milhões foi contratado pelo governo estadual para avaliar “as estratégias de participação do setor privado para expandir a capacidade de investimento” para a concessão do Metrô. O Ministério Público de Contas do Estado vai analisar os resultados do estudo após sua finalização, por denúncias de supostas irregularidades apontadas pela oposição.
A Sabesp, por outro lado, já teve o modelo de privatização definido . O governador informou que seguirá em um modelo “follow-on”, em que o Estado vende as ações da companhia, deixando de controlar o serviço. Ao todo, o Estado é detentor de 50,3% das ações da Sabesp. A Justiça também foi acionada neste caso pela oposição, para entender o estudo que levou a escolha do formato.
Segundo o governador, mesmo com falhas, ele não irá rever as concessões. Ele já havia criticado em fevereiro deste ano o pedido do MP de finalizar o contrato da ViaMobilidade das Linhas 8 e 9, dizendo: “Não tem posicionamento a favor da ViaMobilidade, tem posicionamento a favor do usuário”.
Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.
Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.
Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.
Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.
O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.
O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.