A Polícia Militar de Mato Grosso realizou, na tarde desta quinta-feira (19.12), a formatura de 32 policiais do 9º Curso de Operações Rotam (COR-PMMT). Nesta edição, que durou 93 dias, foram formados militares dos Estados de Mato Grosso e Rondônia.
A solenidade de encerramento foi realizada no Quartel do Comando-Geral da PM. O curso teve como objetivo instruir os alunos para adquirirem conhecimentos teóricos e práticos sobre as padronizações de ações de patrulhamento tático e apresentou instruções necessárias para o emprego eficiente das equipes policiais voltadas a este tipo de trabalho policial.
Nesta edição, os alunos puderam realizar viagens técnicas e trocarem experiências nas unidades especializadas das Polícias Militares de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, além de realizarem estágio operacional em Cuiabá e em algumas cidades do interior de Mato Grosso.
O comandante do Batalhão de Rotam, tenente-coronel Tiago Costa Gomes, classificou o curso como essencial para capacitações operacionais voltadas ao combate de facções criminosas.
“Durante três meses, vocês enfrentaram desafios e superaram limites em um dos cursos mais exigentes da carreira policial. A sociedade deposita em vocês uma confiança inestimável e a certeza de que estão prontos para proteger a população, como linha de frente essencial para defesa da sociedade no combate às facções criminosas”, classificou o tenente-coronel Costa Gomes.
O deputado estadual Elizeu Nascimento, que também já se formou em uma edição do Curso de Operações Rotam, destacou a importância da qualificação. “Eu me sinto muito orgulhoso de estar aqui nesta tarde, onde estamos presenciando a formação de 32 novos águias. Vemos aqui vários policiais militares que tenho certeza que farão a diferença”, pontuou.
O comandante-geral adjunto da PMMT, coronel André Willian Dorileo, enfatizou que a importância das capacitações e criações de cursos para aprimoração da tropa militar se voltam para a maior qualidade da segurança pública.
“Esses 32 novos Águias de Rotam representam muito bem a força da nossa instituição. Todos sabemos que todo o esforço sempre foi por um bem maior, pois o combate lá fora é duro. O Governo de Mato Grosso tem investido na Polícia Militar, com o programa Tolerância Zero, que prevê importantes recursos para nossas tropas de patrulhamento tático. Por isso, é importante que temos novas edições de cursos de operações de Rotam para que nossos policiais estejam sempre aprimorados”, destacou o coronel Dorileo.
Também estiveram presentes, na solenidade, o deputado estadual Gilberto Cattani, o comandante-geral da Polícia Militar de Rondônia, coronel Régis Braguin Silvério; o subchefe de Estado-Maior Geral da PMMT, coronel José Nildo de Oliveira; o comandante do Comando de Policiamento Especializado, coronel Ronaldo Roque da Silva, e entre demais autoridades.
Estudantes da Escola Técnica Estadual (ETEC) de Campo Verde desenvolveram um tijolo feito à base de resíduos de algodão, que pode reduzir a temperatura dos ambientes e valor das obras, além de ajudar o meio ambiente. O projeto foi elaborado no curso Técnico em Têxtil da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).
Chamado de “EcoTijolo”, o projeto teve início com a coleta dos resíduos sólidos gerados no beneficiamento do algodão, uma das principais culturas agrícolas de Campo Verde. Foram usados caroços, fibras residuais e partículas, que foram então secados ao sol para remoção de umidade e triturados.
De acordo com os alunos, o uso dos resíduos (fibrilha) reduz o custo de produção, o que deixa o produto mais atrativo economicamente. Posteriormente, o material foi misturado com proporções específicas de areia e cimento, passando depois por testes laboratoriais que comprovaram uma resistência similar a dos tijolos convencionais.
Participaram do trabalho os estudantes: Evandro Carlos Almeida de Aguiar, João Gabriel de Oliveira Mello, João Kelwin Nunes Pereira, Karllos Henrik de Azevedo Alves e Victor Gabriel dos Santos.
A orientadora do projeto, Manoela Lara Dias, afirma que esse é mais do que um exemplo de inovação tecnológica. Segundo ela, é uma solução prática que une o setor agrícola, educacional e social em prol de um futuro mais sustentável e inclusivo.
“Ideias como essa colocam a Escola Técnica de Campo Verde como referência em sustentabilidade, enquanto transforma os resíduos em possibilidades”, avalia a professora.
Manoela também destacou o potencial do projeto em fortalecer laços entre a Escola Técnica e a comunidade.
“A utilização de EcoTijolos em obras locais, como escolas, centros comunitários e residências, reforça o impacto social do projeto. Os alunos envolvidos ganharam novas habilidades práticas e uma visão empreendedora, formando uma geração de profissionais comprometidos com soluções criativas e sustentáveis para os desafios atuais”.
Os resultados da fabricação do Ecotijolo com resíduos de algodão demonstraram alta viabilidade técnica e ambiental. Isso porque, além de reduzir o desperdício gerado pela cultura do algodão, contribui para a preservação ambiental ao minimizar a extração de recursos naturais e a emissão de carbono. Também alia economia circular e eficiência energética, promovendo construções mais ecológicas e acessíveis. Chama atenção ainda o fato desse tipo de material deixar as construções mais frescas.
O estudante Evandro Carlos ressalta que o apoio da escola foi importante para o desenvolvimento do projeto, principalmente por parte da professora orientadora. Cita ainda que o desenvolvimento do trabalho contribui com o processo de aprendizagem.
A Seciteci conta atualmente com 15 escolas técnicas. Em 2025, serão 17 unidades ofertando cursos vocacionados para demandas de cada região de Mato Grosso, como Agronegócio, Agricultura, Enfermagem, Meio Ambiente, Saúde Bucal, entre outros.