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MATO GROSSO

Polícia Civil realiza busca em Centro de Treinamento de Artes Marciais para apurar crime de pedofilia

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A Polícia Civil cumpriu, nesta segunda-feira (15.07), mandado de busca e apreensão em um Centro de Treinamento de Artes Marciais, no município de Confresa (1.160 km a nordeste de Cuiabá), para apurar crime de pedofilia.

O trabalho de busca realizado pelos policiais civis de Confresa contou com apoio da equipe de Porto Alegre do Norte, e resultou na apreensão de aparelhos celulares que serão periciados.

A ordem decretada pelo juízo da Comarca de Porto Alegre do Norte, decorreu da investigação em andamento na Delegacia de Polícia, que apura suposto aliciamento de menores para compartilhamento de conteúdo sexual.

Conforme indícios preliminares, um dos instrutores vinha aliciando e instigando uma criança de 11 anos a compartilhar conteúdo de natureza sexual.

A Polícia Civil também apura outras condutas ilícitas no local, onde diversas crianças e adolescentes participam dos treinamentos.

O delegado que coordena as investigações, Victor Donizete de Oliveira Pereira, falou sobre a importância de proteger as crianças e adolescentes da região, sendo prioridade para a Polícia Civil combater qualquer forma de exploração e abuso sexual, garantindo que os responsáveis sejam devidamente punidos.

“A instituição reforça seu compromisso com a segurança e proteção das crianças e adolescentes, e encoraja a comunidade a denunciar. A colaboração da sociedade é fundamental para o sucesso de nossas ações. Juntos, podemos construir um ambiente seguro e protegido para nossas crianças, e quem tiver informações ou denúncias pode procurar a Polícia Civil”, destacou o delegado.

As investigações continuam visando identificar outros possíveis envolvidos e garantir que todas as vítimas recebam o apoio necessário.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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