A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis concluiu o inquérito que apurou uma tentativa de homicídio qualificado, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo ocorridos no município, no dia 12 de fevereiro, e procura pelos autores dos crimes.
Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que vítima integrava uma facção criminosa e por ter infringido ‘normas’ da organização teve a morte decretada. No dia 12 de fevereiro, a vítima, de 27 anos, estava saindo de casa junto com sua mãe, quando dois homens armados entraram no quintal da residência e realizaram disparos contra o rapaz.
No dia 09 de março, a DHPP prendeu um dos envolvidos na tentativa de homicídios e outros dois identificados na investigação estão foragidos.
São procurados pela Polícia Civil Kayque da Silva Souza, conhecido como “briga de galo” e Willian César de Arruda Batista, conhecido como bruxo. Ambos estão com mandados de prisão decretados pela Justiça e são criminosos de alta periculosidade.
Para cometer o crime, a dupla utilizou um veículo modelo VW Gol, vermelho, com teto queimado. Informações que possam levar ao paradeiro da dupla e localização do veículo podem ser denunciadas aos números 197 ou (66) 99911-3598.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou, nesta sexta-feira (20.09), a Operação Pubblicare para cumprir ordens judiciais contra o núcleo de uma organização criminosa formado por servidores públicos que colaboravam com membros de facção na lavagem de dinheiro por meio da realização de shows e eventos em casas noturnas de Cuiabá.
Um parlamentar de Cuiabá foi preso na operação.
Setenta policiais cumprem 15 medidas cautelares, entre prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), sendo:
Um mandado de prisão preventiva;
Sete mandados de busca e apreensão;
Seis veículos e um imóvel sequestrados e bloqueio de contas bancárias
A Operação Pubblicare é desmembramento da Operação Ragnatela, deflagrada em junho deste ano, quando a FICCO-MT desarticulou um grupo criminoso que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800.000,00, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
Agentes públicos
Durante as investigações também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. Foi identificado que um parlamentar atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.
Os investigados respondem pelos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com os membros da facção indiciados durante a Operação Ragnatela.
A Operação Pubblicare, termo em italiano, faz alusão à atividade do agente público, que em vez de atuar em prol da população, focava em interesses escusos da facção criminosa.
A FICCO-MT é uma força integrada composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.