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MATO GROSSO

Polícia Civil prende seis membros de organização criminosa que estavam autuando com tráfico em Juína

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Seis integrantes de facção criminosa, que vieram de outras cidades para atuar como lideranças do tráfico de drogas no município de Juína (735 km noroeste de Cuiabá), foram presos em flagrante pela Polícia Civil, na sexta-feira (14.06), após serem surpreendidos em posse de diversas porções de entorpecentes e material relacionado ao comércio ilícito.

Os suspeitos, sendo cinco homens e uma mulher, foram flagrados em duas residências utilizadas como ponto de venda e distribuição de entorpecentes, e foram autuados em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e integrar associação criminosa.

As prisões integram os trabalhos da Operação Erga Omnes, deflagrada dentro do planejamento da Diretoria da Polícia Civil, para combate à atuação de organizações criminosas no Estado.

Investigações de combate ao tráfico de drogas realizadas pela equipe policial da Delegacia de Juína apontaram que após várias ações policiais, que resultaram na apreensão de drogas e prisão de lideranças do tráfico, a facção criminosa enviou novos integrantes de outras cidades para manter o controle do tráfico de drogas no município.

Com base na informação, os policiais iniciaram as diligências para apuração dos fatos, conseguindo identificar duas residências, que estariam sendo utilizadas pelos criminosos.

Durante monitoramento dos endereços foi verificada a movimentação típica de ponto de venda de drogas com constante entrada e saída de pessoas dos locais. No momento em que um dos suspeitos saía de um dos alvos monitorados, os policiais realizaram a abordagem, sendo apreendido com ele uma porção de pasta base de cocaína.

No interior da residência estavam outros dois suspeitos, sendo encontradas no local, mais porções entorpecentes, entre elas 21 porções de pasta base de cocaína e duas porções grandes da mesma droga, 42 comprimidos de droga sintética, nove porções de cocaína pura, uma munição calibre 38, além de apetrechos utilizados na atividade de tráfico.

Questionados, os suspeitos confirmaram que foram enviados por membros da organização criminosa para atuar com o tráfico de drogas em Juína e que seus comparsas estavam na outra residência, no bairro Módulo 04, que já era monitorada pela equipe policial.

Diante das evidências, os policiais realizaram a abordagem no local, onde foram apreendidas 13 porções de maconha já embaladas para venda, meio tablete da droga e uma balança de precisão, que estavam escondidas debaixo de galhos de árvores, no quintal da casa.

Na residência estavam três suspeitos, sendo dois homens e uma mulher, que foram detidos.

Diante dos fatos, todo o material ilícito encontrado nas duas residências foram apreendidos e os seis suspeitos conduzidos à Delegacia de Juína, onde após serem interrogados, foram autuados em flagrante, sendo posteriormente colocados à disposição da Justiça.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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