A equipe de investigação de homicídios da Delegacia de Sorriso prendeu, desde o início desta semana, 13 pessoas envolvidas em dois homicídios ocorridos na cidade. Um deles é o sequestro, seguido de assassinato, de um morador da cidade que foi retirado à força de sua casa no bairro São José I.
Na terça-feira (18), a equipe de investigação chegou a quatro adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos, apreendidos por envolvimento no sequestro de Anderson Adriano Filippi, de 20 anos. Os menores foram flagrados com entorpecentes, arma de fogo e máscaras balaclava, usadas no sequestro da vítima.
E na quinta-feira (20), a Polícia Civil prendeu uma mulher, identificada como tesoureira de uma facção criminosa e responsável pelo pagamento das máscaras usadas para sequestrar a vítima, que foram apreendidas com os adolescentes.
Na sequência das diligências, a equipe da Delegacia de Sorriso chegou a outros três envolvidos no sequestro e homicídio de Anderson Filippi. Outro quinto envolvido no crime foi preso em diligências da Polícia Militar.
Sequestro
Uma testemunha relatou à Polícia Civil que por volta de uma hora da manhã da última terça-feira (18), quatro homens invadiram sua casa, agrediram o casal e depois levaram Anderson, enquanto dois criminosos ficaram, mantendo a outra vítima vigiada e amarrada.
Após todos os suspeitos fugirem da casa, a vítima que ficou, conseguiu escapar das amarras e procurou a delegacia. Durante o registro do fato na unidade policial, ela reconheceu um dos presos pelo homicídio de uma adolescente como autor do sequestro.
Morte de adolescente
Outros dois envolvidos no sequestro de Anderson já tinham sido presos, no início da semana, por outro homicídio, o da adolescente Maria Shamilly Carvalho Silva. Após essas prisões, eles foram identificados por uma testemunha como participantes no sequestro de Anderson.
O delegado Bruno França explica que na terça-feira, a equipe policial cumpriu quatro mandados de prisão contra os investigados pela morte da adolescente, ocorrida no início deste mês.
A garota de 17 anos foi encontrada em uma área de mata no bairro Jardim Amazônia, no dia 2 de junho, com perfurações de arma de fogo na cabeça. A família de Maria Shammily informou que ela estava desaparecida desde a noite anterior. Na delegacia, a mãe contou que a filha não havia retornado para casa. Quando soube da localização da motocicleta, ela confirmou ser o veículo da adolescente e identificou a vítima.
A investigação apontou que Maria Shamilly foi morta porque fez uma foto com sinais interpretados como alusão a uma facção criminosa paulista.
A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumpriu, nesta segunda-feira (25.11), o mandado de prisão preventiva de um dos investigados da Operação Bodas de Prata, realizada pela Polícia Civil em agosto deste ano.
A operação, deflagrada pela Polícia Civil em 09 de agosto, cumpriu 21 ordens judiciais, com foco na identificação e prisão de fornecedores de cocaína e pasta base para outros Estados.
O preso nesta segunda-feira é um ex-assessor parlamentar e se apresentou na DRE acompanhado de seu advogado. Após a formalização do mandado, ele foi encaminhado para a audiência de custódia.
A operação
A investigação da DRE começou em outubro de 2021, após apreensão de 22 tabletes de pasta base de cocaína e dois de cloridrato de cocaína pela Polícia Rodoviária Federal totalizando, aproximadamente, 24,365 quilos de drogas. Os entorpecentes foram encontrados na porta de um veículo e a condutora presa em flagrante.
Nas investigações, foram identificados 7 suspeitos, inclusive, o líder do grupo criminoso. Ele usava uma chácara para armazenamento das drogas transportadas da fronteira boliviana para Cuiabá e posterior distribuição.
Os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e bloqueios judiciais foram expedidos pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Várzea Grande e foram cumpridos em Cuiabá, com apoio do canil da Polícia Rodoviária Federal, Corregedoria do Corpo de Bombeiros Militar e da Diretoria de Atividades Especiais da Polícia Civil. Foi decretada ainda a apreensão de seis veículos utilizados pelo grupo criminoso.
O nome da operação é uma referência ao principal investigado, que há mais de 25 anos anda na Bolívia, ou seja, estava na atividade de transporte de drogas. Ele já foi preso duas vezes em investigações sobre o tráfico de drogas, corrupção ativa e evasão de divisas.
Entre os investigados na operação estão um bombeiro militar e o ex-assessor parlamentar. Os alvos foram indiciados por tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas e lavagem de capitais. O inquérito foi concluído e encaminhado à 3ª Vara Criminal de Várzea Grande.