Policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) prenderam, nesta sexta-feira (11.10), uma mulher foragida da Operação Carga Branca, deflagrada há um mês para desmantelar uma rede de tráfico interestadual de cocaína. A investigada, de 40 anos, foi localizada em Várzea Grande.
A operação, que ocorreu no dia 12 de setembro, foi desencadeada para cumprimento de 54 ordens judiciais, deferidas pela 3ª Vara Criminal de Várzea Grande, para identificação e prisão de fornecedores de cocaína e pasta base para outros Estados do País. O grupo criminoso utilizava veículos de transporte para esconder e distribuir grandes quantidades de entorpecentes e ainda atuava com a lavagem de capitais.
A operação cumpriu prisões preventivas, buscas, bloqueios de contas e apreensão e bloqueios de veículos em cidades dos Estados de Mato Grosso, Paraná e Acre.
Desde a deflagração da operação, um dos alvos, identificada como ‘condessa’ e ligada ao líder do grupo criminoso, estava foragida. Nesta sexta-feira, após levantamentos investigativos, a equipe da DRE a localizou em uma casa no bairro Cristo Rei. Ela foi interrogada na delegacia e será encaminha para audiência de custódia.
Dos 16 investigados na Operação Carga Branca, 13 foram indiciados por tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas majorado, lavagem de capitais e integração de organização criminosa. Parte dos criminosos respondem ainda pelo crime de posse irregular de arma de fogo.
Histórico da operação
A operação “Carga Branca” é o resultado de investigações aprofundadas, iniciadas com um inquérito instaurado em 2020 após a apreensão de 450 tabletes de cocaína em um caminhão. A investigação revelou um esquema que utilizava veículos de transporte para movimentar grandes quantidades de drogas e a constituição de uma empresa em Rondônia, usada na lavagem de dinheiro. A apuração apontou que essa empresa movimentou R$ 4.410 milhões em menos de um ano.
Os investigados adquiriam veículos de grande porte para fazer o transporte das cargas de drogas.
As investigações apontaram que o caminhão apreendido com a carga de 450 tabletes de cocaína foi adquirido especificamente para o transporte da droga. As transações financeiras em relação ao veículo levantaram suspeitas adicionais sobre a rede criminosa, com a identificação dos líderes do esquema criminoso de tráfico.
A operação foi realizada com o objetivo de desmantelar a rede criminosa e combater a utilização de veículos e transações comerciais para ocultar as atividades ilícitas. Durante a investigação, foram apreendidos três veículos com com drogas pelas forças de segurança de Mato Grosso.
“Estamos comprometidos em enfrentar o tráfico de drogas com todas as ferramentas disponíveis. A operação Carga Branca é um exemplo claro de nossa dedicação em identificar e prender aqueles envolvidos nesse crime. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para garantir a segurança e a justiça para todos”, afirmou o delegado responsável pela operação.
As investigações continuam para identificar todos os membros da rede criminosa e outras possíveis conexões. A Polícia Civil solicita à comunidade que forneça qualquer informação adicional que possa ajudar nas investigações sobre o tráfico de drogas.
Problemas com alvará municipal, remunerações de servidores públicos, questões tributárias ou até mesmo uma pendência na hora de fazer a transferência do veículo são alguns problemas que podem ser solucionado por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Fazenda Pública. O serviço, do Poder Judiciário de Mato Grosso, atende demandas tanto na fase que antecede a abertura de um processo, quanto na ocasião em que ele já está instaurado. O cidadão que recorre a este serviço é beneficiado com resultados ágeis e eficazes.
“Quaisquer questões que necessitem de uma pronta solução, que trazem um litígio, que tem uma pendência a ser resolvida, o cidadão pode procurar o Cejusc da Fazenda Pública. Lá, ele poderá tratar do assunto e tentar resolvê-lo no âmbito da consensualidade”, detalha o juiz Bruno D´ Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletiva de Cuiabá.
A opção pelo Cejusc elimina o trâmite processual tradicional que envolvem contestações, audiência de instrução, sentença judicial e inúmeros recursos que podem durar anos.
Para acessar o serviço, o cidadão pode procurar o Cejusc da Fazenda Pública presencialmente no Fórum de Cuiabá, das 12h às 19h. O contato também pode ser via mensagem de texto (65 9 9332-0122) ou e-mail (cejusc.fazendapublicacba@tjmt.jus.br). Nesses canais, o cidadão ou advogado relatam o problema. O Cejusc da Fazenda Pública tem competência em todo o estado de Mato Grosso.
Quando o relato é inicial, a questão pode ser resolvida já na fase pré-processual. Neste caso, as partes envolvidas são chamadas para uma audiência de conciliação, momento em que irão dialogar e tentar resolver. Se a conflito for pacificado, o juiz homologa o termo de conciliação e o problema fica resolvido.
“Em se tratando de reclamações pré-processuais, sempre se recomenda que o cidadão esteja acompanhado de um advogado, mas não é obrigatório. Ele pode fazer essa reclamação, sem estar assistido no âmbito pré-processual por advogado. Ele encaminha essa reclamação e nossos colaboradores irão auxiliá-lo”, explica o magistrado.
Já nas situações em que o conflito está na fase processual, quando o caso não é encaminhado pelo próprio magistrado de origem, uma das partes precisa requerer o auxílio do Cejusc da Fazenda Pública. “O advogado ou o cidadão, que tem uma demanda, pode solicitar a remessa dos autos ao Cejusc da Fazenda Pública da Capital”.
Com o processo transferido para o Cejusc, as partes serão direcionadas para audiência de conciliação e o problema poderá ser resolvido em questão de horas. “A conciliação encurta o caminho para que o conflito possa ser resolvido. É um dos métodos mais eficiente, mais célere, a fim de que o cidadão tenha as suas queixas, os seus problemas solucionados”, defende o juiz Bruno D´Oliveira Marques.
Rádio TJMT – Para conhecer mais sobre a atuação do Cejusc da Fazenda Pública e outros serviços da Justiça de Mato Grosso, acesse a Rádio TJMT.