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MATO GROSSO

Polícia Civil prende autores de roubo de cargas que faziam motoristas reféns no Estado

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Dois criminosos envolvidos em um roubo de carga em que o motorista do caminhão foi mantido em cárcere privado tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (16.10), após investigações conduzidas pela Delegacia de Jaciara.

Os suspeitos tiveram os mandados de prisão decretados pela Justiça pelos crimes de roubo majorado pelo concurso de pessoas, pela restrição de liberdade da vítima e pelo uso da arma de fogo. As três ordens judiciais, sendo dois mandados de prisão e um de busca e apreensão domiciliar, foram cumpridas na cidade de Juscimeira.

O crime ocorreu no dia 13 de março deste ano, quando o motorista saiu com o caminhão carregado de soja da cidade de Nova Mutum com destino a Rondonópolis e, por volta das 14h30, foi abordado na BR-364, nas proximidades de Jaciara, por um suspeito que anunciou o assalto.

A vítima foi levada para uma residência nas proximidades, onde foi amarrada e posteriormente conduzida para uma região de mata onde foi mantida refém por mais de 24 horas.

Após ser liberada pelos criminosos, a vítima procurou a Delegacia de Jaciara, que imediatamente iniciou as investigações, conseguindo identificar os dois suspeitos envolvidos no crime, que foram reconhecidos pela vítima como o executor do roubo e o responsável pelo transporte da carga subtraída.

As investigações apontaram que os suspeitos são comparsas contumazes em crimes de roubo de cargas, sendo coautores no crime de roubo majorado que restringiu a liberdade da vítima, mantida durante horas sob constantes ameaças.

Diante das evidências, a delegada de Jaciara, Anna Paula Marien Pereira, representou pelos mandados de prisão preventiva dos investigados, que foram deferidos pela Justiça. A ordem judicial contra os investigados foi cumprida nesta quarta-feira (15), sendo os suspeitos localizados na cidade de Juscimeira.

Após terem os mandados de prisão cumpridos, eles foram conduzidos à delegacia, onde foram interrogados sobre os fatos e tomadas as demais providências cabíveis, sendo posteriormente colocados à disposição da Justiça.

As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos no crime.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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