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MATO GROSSO

Polícia Civil prende autor de homicídio que jogou corpo de vítima em fornalha em Pontes e Lacerda

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Um homicídio em uma cerâmica em Pontes e Lacerda, em que o corpo da vítima foi jogado dentro de um forno, foi rapidamente esclarecido pela Polícia Civil com a prisão em flagrante de um funcionário da empresa apontado como autor do crime, nesta segunda-feira (14.10).

O suspeito, de 28 anos, confessou a autoria do crime e foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

As investigações iniciaram na manhã de segunda-feira, após os policiais da Delegacia de Pontes e Lacerda serem acionados sobre um possível homicídio na cerâmica, localizado às margens da BR-174.

No local, funcionários relataram que sentiram um odor forte e incomum vindo de uma das fornalhas, ocasião em que encontraram parte de uma ossada humana no interior do forno. O corpo é, possivelmente, de Vítor Dias Sanches, de 59 anos, funcionário da empresa.

Durante a oitiva de testemunhas no local, foi relatado que um outro funcionário já havia ameaçado a vítima de morte anteriormente e que ele seria o autor do homicídio.

Diante dos fatos, o funcionário foi conduzido à Delegacia de Pontes e Lacerda para prestar esclarecimentos e, após técnicas de interrogatório especializada, decidiu confessar a autoria do crime.

Segundo o suspeito, ele e a vítima já tinham uma desavença anterior em razão de questões do trabalho. No domingo (12), o suspeito relatou que estava de folga e havia ingerido bebida alcoólica e feito consumo de entorpecentes quando teve uma nova discussão com a vítima, que tentou agredi-lo com uma faca.

O suspeito conseguiu tirar a faca da vítima e passou a agredir o colega com um pedaço de madeira até tirar a sua vida e, logo em seguida, jogou o corpo na fornalha da cerâmica. O crime ocorreu nos fundos da empresa e não foi presenciado por nenhum outro funcionário. Após os fatos, o suspeito tomou banho e voltou a beber com os outros colegas de empresa.

Diante dos fatos, a delegada Lícia Juliane de Almeida Paiva lavrou o flagrante contra o suspeito e, posteriormente, foi colocado à disposição da Justiça.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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