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MATO GROSSO

Polícia Civil liberta vítimas de roubo e prende dupla em Pontes e Lacerda

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A equipe da Delegacia de Pontes e Lacerda prendeu em flagrante um adulto e apreendeu um adolescente que mantinham três pessoas reféns e evitaram um latrocínio, na madrugada desta quinta-feira (01.08).

As vítimas foram encontradas amarradas e amordaçadas dentro da residência. Com a dupla suspeita, os policiais civis apreenderam a arma do crime, uma pistola 9mm.

A equipe da delegacia recebeu informações na noite desta quarta-feira (31.07) de que criminosos fariam um roubo a uma residência do município. Diante das informações, as equipes iniciaram as diligências para localizar o imóvel e impedir o crime

Por volta da meia-noite, os policiais identificaram a residência e verificaram que os criminosos já estavam dentro do imóvel com as vítimas reféns. A propriedade foi cercada e ao entrar na casa, a equipe flagrou o suspeito maior de idade na cozinha da residência. Já o adolescente foi abordado dentro do quarto onde as três vítimas estavam amarradas e amordaçadas. Com o menor foi apreendida uma pistola importada, de calibre restrito.

Ao serem libertadas, as vítimas, de 41, 48 e 24 anos relataram que a dupla fez diversas ameaças e agressões com o objetivo de obter senhas bancárias e dos aparelhos telefônicos para fazer transferências de valores. Após roubar as vítimas, o plano dos criminosos era executar o jovem que estaria, supostamente, vendendo entorpecentes sem autorização de uma facção criminosa.

O criminoso de 20 anos foi autuado pelos crimes de roubo qualificado, majorado pelo concurso pessoas; restrição de liberdade e emprego de arma de fogo de uso restrito; extorsão com emprego de arma de fogo e corrupção de menores. O adolescente de 16 anos vai responder por ato infracional análogo aos crimes de roubo majorado e extorsão.

Com a dupla foram apreendidos diversos pertences já roubados das vítimas, como joias, dinheiro, relógio e cartões de crédito.

A Polícia Civil representará ao Poder Judiciário, nesta quinta-feira, pela prisão preventiva do criminoso maior de idade e pela internação do adolescente.

A arma de fogo utilizada pelos criminosos, com 17 munições de uso restrito, foi encaminhada para perícia. E os bens restituídos às vítimas.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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