Cerca de 70 quilos de cocaína foram incinerados pela Polícia Civil, em Santo Antônio do Leverger (34 km ao sul de Cuiabá), nesta quarta-feira (12.06).
Essa foi a primeira vez que a Delegacia do município fez a destruição de drogas. A ação foi realizada em uma empresa de agropecuária, localizada na Rodovia dos Imigrantes, em Cuiabá.
A droga foi queimada após autorização do Poder Judiciário.
O entorpecente tinha sido apreendido em ações policiais deflagradas na região, em 2010, 2013, 2019 e 2020, e, portanto, estavam armazenadas na delegacia havia mais de 10 anos.
Conforme o delegado de Santo Antônio do Leverger, Jefferson Dias, a incineração é importante, pois representa o trabalho desenvolvido na repressão ao tráfico de drogas no município.
Além dos policiais civis de Santo Antônio do Leverger, participaram da incineração equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE), Polícia Militar e Politec.
Processo de incineração
A incineração de entorpecente é o ato final de todo processo do enfrentamento ao tráfico de drogas, que é concluído com a destruição das substâncias ilícitas apreendidas.
O processo se inicia quando, depois de apreendida, a droga é encaminhada para a perícia e retorna à unidade policial devidamente periciada e lacrada pelo laboratório forense.
Então é feito o pedido da autorização judicial, e com esse aval o entorpecente novamente conferido e jogado na caldeira em funcionamento.
Diligências preliminares para apurar suposta adulteração de notas, utilização de “cartão coringa” como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço, no município de Barão de Melgaço, indicam a existência de uma organização criminosa constituída para saquear os cofres públicos em várias prefeituras e câmaras de vereadores de Mato Grosso.
Segundo o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), grupo operacional permanente formado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Polícia Judiciária Civil, as investigações realizadas até o momento demonstram que proprietários de quatro empresas, todas com a participação de um mesmo núcleo familiar, já firmaram contratos com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais.
Conforme o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com a empresa Centro América Frotas no período de 2020 até os dias atuais. Foi verificado, durante a investigação, que outras empresas que haviam participado dos certames tinham como sócios pessoas do mesmo núcleo familiar do proprietário da empresa Centro América Frotas. Além disso, algumas delas sequer possuem atividade empresarial em funcionamento.
A investigação revelou ainda que o sócio oculto das empresas investigadas, Edézio Correa, já havia sido denunciado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso na Operação Sodoma, que apurou esquema de pagamento de propina da gestão do ex-governador Silval Barbosa.
A análise dos contratos, segundo o Naco, também demonstrou diferenças exorbitantes de valores em contratações semelhantes. Em um dos casos, houve um aumento de mais de nove milhões em contratações realizadas nos anos de 2021 e 2022.