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MATO GROSSO

Polícia Civil esclarece autoria de dois homicídios e prende três envolvidos nos crimes

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A Delegacia de Pontes e Lacerda esclareceu nesta semana a autoria de dois crimes ocorridos no município e prendeu dois homens e apreendeu um adolescente pelos assassinatos.

No dia 17 de junho, policiais civis de Pontes e Lacerda, com apoio da unidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, localizaram L.C.F.P., de 30 anos, em uma residência em Vila Bela que abrigava integrantes de uma facção criminosa, armados.

Na casa estavam outros dois suspeitos – um deles adolescente e, com eles, foi apreendida uma arma de fogo.

Um dos suspeitos, L.C.F.P., se identificou com o nome de Henrique Pereira Lobato, entretanto, ao checar os dados reais, os policiais localizaram dois mandados de prisão em aberto, oriundos de Santarém (PA), pelos crimes de roubo e homicídio.

Ele e outro adulto foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, associação criminosa e corrupção de menores. O foragido do Pará ainda foi autuado por uso de identidade falsa e teve os mandados da Justiça paraense cumpridos.

De acordo com o delegado Antônio Pizan Júnior, a equipe policial chegou aos investigados em razão da investigação que apura o homicídio de Everson Victor Conceição Carvalho, conhecido como Herminho. A vítima foi encontrada no dia 2 de junho, em uma área nos fundos do aeroporto de Pontes e Lacerda.

O corpo de Everson Victor, de 27 anos, estava com pés e mãos amarrados e coberto de folhas de coqueiro. Um familiar relatou que ele estava desaparecido desde o dia 30 de maio, quando foi feito o registro do desaparecimento na Polícia Civil.

Os dois adultos e o adolescente confessaram a execução de Everson. Um dos adultos, D.W.C.M., declarou ainda o envolvimento em outro homicídio, da vítima Carlos Henrique, morta no dia 28 de maio na mesma área perto do aeroporto, e apontou a participação de mais dois suspeitos nesse crime – Kauã Vinícius Ferreira e Elielton Oliveira dos Santos. Kauã e Elielton morreram no dia 11 de junho, em Tangará da Serra, após confronto com policiais militares naquela cidade.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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