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MATO GROSSO

Polícia Civil esclarece 87,7% de desaparecimentos registrados em Cuiabá e Várzea Grande

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Mais de 460 pessoas que tiveram seu desaparecimento registrado, neste ano de 2024, na região metropolitana, foram localizadas pela Polícia Civil, em investigações conduzidas pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Entre o dia 1º de janeiro a 20 de agosto, o setor computou 533 ocorrências de desaparecimento, entre homens, mulheres, crianças, adolescentes e idosos, que saíram de casa e deixaram de dar notícias aos seus familiares.

Deste número, 468 vítimas foram localizadas, sendo 450 com vida e 18 em óbito, representando 87,8% dos casos solucionados.

O trabalho do Núcleo de Desaparecidos inicia no momento em que a ocorrência é registrada. Não é necessário um período específico para a comunicação dos fatos. Basta apenas que a vítima esteja fora da normalidade dos seus hábitos.

A partir do registro, os policiais do Núcleo fazem o levantamento de informações que possam auxiliar a encontrar algum indício que levou ao desaparecimento. Dentre os trabalhos, são realizadas oitivas de pessoas próximas, como familiares, amigos, além de checagens em meios eletrônicos, como sites e redes sociais da Internet, que possam fornecer alguma pista.

Ao mesmo tempo em que é feita a busca de informações, o setor entra em contato com outras unidades como hospitais, unidades de saúde, casas de abrigo, Polícia Militar, Departamento Médico Legal e demais órgãos que possam auxiliar na localização do desaparecido.

Perfil

Dentre as vítimas desaparecidas, 357 são do sexo masculino, a sua maioria com idades entre 18 a 59 nove anos. No caso de vítimas mulheres, foram 176 casos registrados, sendo 77 vítimas com idades entre 12 e 17 e anos e 77 vítimas com idades entre 18 e 59 anos.

Motivação

As investigações apontam que apenas a maior parte dos desaparecimentos se deu de forma voluntária, quando por algum motivo, a pessoa optou por sair de casa ou deixar de dar notícias aos familiares.

Em 17 dos casos de desaparecimento registrado foi identificado o envolvimento de organizações criminosas, sendo cinco vítimas encontradas, duas delas com vida e três em óbito.

Mobilização Nacional de Coleta de DNA

A campanha do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) ocorre entre 26 e 30 de agosto e tem como objetivo principal coletar materiais biológicos de familiares de pessoas desaparecidas para buscas no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG).

O trabalho tem por finalidade possibilitar a identificação de pessoas desaparecidas por meio de exames de bancos de perfis genéticos. Desta forma, com a tecnologia disponível, é possível identificar vínculos genéticos entre as pessoas cadastradas no banco.

A coleta de material genético é voluntária e procedida da assinatura de um Termo de Consentimento. O procedimento é indolor e consiste em esfregar um cotonete no interior da bochecha. O perfil genético obtido não será utilizado para nenhum outro fim, além da identificação do parente desaparecido.

Os doadores devem ser preferencialmente em primeiro grau da pessoa desaparecida, seguindo a ordem de preferência: pai e mãe, filhos e o genitor do filho da pessoa desaparecida; irmãos.

Mais informações sobre a mobilização podem ser passadas pela equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas, pelos telefones: (65) 3613-8777 / (65) 98173- 0565.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Quebrando o silêncio e encorajando: “Se precisar, peça ajuda”

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Falar sobre saúde mental é algo desafiador nos tempos que vivemos, mas precisamos quebrar o silêncio e abordar esse assunto. Quantas pessoas estão, neste momento, passando por agonia, sem saber por onde começar? Muitas questões estão acumuladas no subconsciente, transformando a vida em uma aflição, quando, na verdade, a vida é um presente, uma dádiva.

No Brasil, o mês de setembro passou a ser dedicado a essa discussão a partir de 2015, por diferentes entidades que buscam esclarecer a população sobre o tema, usando a cor amarela. Assim surgiu o “Setembro Amarelo”. No entanto, uma campanha internacional teve início nos Estados Unidos após a trágica morte do jovem norte-americano Mike Emme, que tinha 17 anos. A família e os amigos não perceberam que Mike precisava de ajuda, e ele acabou tirando a própria vida.

Recentemente, a família do jovem norte-americano concedeu uma entrevista a um veículo de comunicação e compartilhou a dor da perda, que nunca tem fim para a família e os amigos. Contudo, ao olharem para a mobilização gerada pela morte do filho e a compaixão em ajudar outras pessoas a enfrentar problemas semelhantes por meio das campanhas, o sentimento de dor se transformou em uma missão de ajudar o próximo.

Histórias como essa estão por toda parte. Como mãe, esposa e atualmente servindo à população como primeira-dama do Estado, tenho a responsabilidade de falar sobre o assunto. Quero encorajar as pessoas a olhar mais para o próximo. Não estou falando de cuidar da vida do outro, mas de tentar perceber sinais que podem estar atormentando aqueles ao nosso lado. Da mesma forma, encorajo as pessoas que estão passando por problemas a encontrar um porto seguro e conversar com alguém; esse é o primeiro passo. Os sintomas do suicídio são silenciosos, e o escape se dá com a depressão, e nem sempre conseguimos identificar esses sinais.

Especialistas alertam que a depressão é uma doença psicológica grave e frequentemente subestimada, que pode levar ao suicídio. Caracterizada por alterações de humor, às vezes uma pessoa que demonstra uma alegria constante pode estar escondendo uma dor; tristeza profunda; baixa autoestima e sensação de falta de perspectiva. A depressão pode ter várias causas, incluindo fatores genéticos, perdas pessoais, desilusão amorosa e abuso de substâncias.

A doença faz com que a pessoa se sinta envergonhada, rejeitada e solitária, e, devido à sua subestimação social, pode levar a pensamentos suicidas como uma forma de escapar das angústias. É crucial buscar acompanhamento profissional para o tratamento da depressão, o qual pode reduzir significativamente o risco de suicídio.

Se você está passando por um momento difícil, saiba que não está sozinho(a). Pedir ajuda é um ato de coragem. Converse com alguém de confiança, procure um profissional e, se precisar, ligue para o CVV: 188.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), no Brasil, 12,6% dos homens, a cada 100 mil, em comparação com 5,4% das mulheres, a cada 100 mil, morrem devido ao suicídio. A única maneira de ajudar uma pessoa que está com pensamentos suicidas é o apoio de pessoas próximas e profissionais. Se precisar, peça ajuda; esse é o melhor caminho. Nem sempre conseguimos superar nossas fragilidades sozinhos. Além dos familiares e amigos, procure um profissional habilitado. O processo não é fácil, mas, com determinação e fé, a superação é uma questão de tempo.

Quem acompanha meu trabalho sabe que já passei por inúmeros desafios com minha saúde, momentos delicados. A única coisa que eu pensava era como superar algo que não dependia apenas de mim. Todas as doenças que enfrentei e a minha superação diária vão além da minha força de vontade. No meu caso, a fé em Deus, a minha família e a ajuda profissional foram primordiais, pois há momentos em que o corpo e a mente cansam. É nesse momento que precisamos ser humildes o suficiente para dizer: “Sim, eu preciso de ajuda”.

A vida é maravilhosa; a vida é um presente diário. “Se precisar, peça ajuda.”

Virginia Mendes é economista, mãe de três filhos, primeira-dama de MT e voluntária nas ações de Governo na área social por meio da Unidade de Ações Sociais e Atenção à Família (UNAF).

Fonte: Governo MT – MT

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