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MATO GROSSO

Polícia Civil cumpre prisão de investigado por violência doméstica em Cáceres

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Policiais civis da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá), prenderam nesta quarta-feira (10.07) um homem investigado por violência doméstica e familiar.

O suspeito de 28 anos teve a ordem de prisão preventiva expedida pela Justiça, pelos crimes de descumprimento de medida protetiva de urgência, perseguição e ameaça contra a ex-namorada de 34 anos.

No dia 10 de junho a vítima procurou a DEDM de Cáceres para solicitar as medidas protetivas pois vinha sofrendo ameaçada de morte e estava com muito medo do ex-companheiro.

No entanto, mesmo ciente das determinações judicias impostas em conformidade com a Lei Maria da Penha, o homem continuou ameaçando a ex-mulher.

A delegada da DEDM de Cáceres, Paula Gomes Araujo, então representou pela prisão preventiva do suspeito, autorizada pela 2ª Vara Criminal da Comarca local.

Com o mandado judicial, os policiais civis realizaram a prisão do investigado no seu local de trabalho. Ele foi conduzido para a delegacia, interrogado e encaminhado para audiência de custódia ficando à disposição da Justiça.

Conforme a delegada Paula Gomes Araújo, no 1º semestre de 2024 a delegacia especializada já cumpriu 15 mandados de prisão preventiva contra autores de violência doméstica e familiar.

“Esse número supera o mesmo período do ano de 2023, sendo resultado do comprometimento, dedicação e esforço de toda equipe, visando reduzir os índices de crimes contra a mulher na região de Cáceres”, destacou a delegada da DEDM.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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