A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Itiquira (357 km ao sul de Cuiabá), deflagrou operação na segunda-feira (19.06), para cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão contra suspeitos identificados como autores de um crime de homicídio e ocultação de cadáver, ocorrido no mês de abril no município.
A ação resultou na apreensão de cocaína, apetrechos relacionados ao tráfico, arma de fogo e do veículo utilizado pelos criminosos.
Quatro pessoas tiveram envolvimento identificado no crime que vitimou Leonardo Garces Ajala, de 24 anos. Um dos suspeitos teve o mandado de prisão cumprido e outro teve o corpo localizado sem vida, após pular no rio para tentar escapar da prisão. Dois dos investigados continuam foragidos.
As investigações realizadas pela Delegacia de Itiquira iniciaram logo após a localização do corpo de Leonardo Ajala, no dia 26 em uma região de mata. A vítima, que estava desaparecida desde o dia 21 de abril, teve o corpo localizado pelo funcionário de uma fazenda que sentiu um forte odor enquanto campeava o gado.
Com base nas investigações conduzidas pelo delegado Felipe de Oliveira Neto foi possível identificar os envolvidos no crime, sendo representado pelos mandados de busca e apreensão dos investigados que foram deferidos pela Justiça.
A operação para cumprimento dos mandados foi deflagrada na segunda-feira (19), ocasião em que os policiais conseguiram dar cumprimento ao mandado de prisão de um dos suspeitos e também apreender o veículo utilizado no crime.
Durante buscas no segundo alvo, em uma chácara do município, o suspeito e um comparsa fugiram, pulando no rio para escapar da Polícia. No trajeto da fuga, os criminosos abandonaram cerca de meio quilo de cocaína, balança de precisão e outros apetrechos relacionados ao tráfico de drogas. Em buscas no imóvel, os policiais apreenderam aparelhos celulares e uma espingarda.
Na manhã de terça-feira, o corpo do suspeito, Cleverson Dyego Serafim de Morais, 33 anos, foi encontrado sem vida por pescadores, em uma prainha na beira do rio. Antes do encontro do corpo do suspeito, o comparsa que estava com ele no momento da abordagem policial, foi visto por populares saindo do rio.
Segundo o delegado, Felipe de Oliveira Neto, as diligências continuam em andamento para localização e prisão dos outros dois suspeitos que seguem foragidos.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou, nesta sexta-feira (20.09), a Operação Pubblicare para cumprir ordens judiciais contra o núcleo de uma organização criminosa formado por servidores públicos que colaboravam com membros de facção na lavagem de dinheiro por meio da realização de shows e eventos em casas noturnas de Cuiabá.
Um parlamentar de Cuiabá foi preso na operação.
Setenta policiais cumprem 15 medidas cautelares, entre prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), sendo:
Um mandado de prisão preventiva;
Sete mandados de busca e apreensão;
Seis veículos e um imóvel sequestrados e bloqueio de contas bancárias
A Operação Pubblicare é desmembramento da Operação Ragnatela, deflagrada em junho deste ano, quando a FICCO-MT desarticulou um grupo criminoso que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800.000,00, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
Agentes públicos
Durante as investigações também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. Foi identificado que um parlamentar atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.
Os investigados respondem pelos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com os membros da facção indiciados durante a Operação Ragnatela.
A Operação Pubblicare, termo em italiano, faz alusão à atividade do agente público, que em vez de atuar em prol da população, focava em interesses escusos da facção criminosa.
A FICCO-MT é uma força integrada composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.