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MATO GROSSO

Polícia Civil cumpre 12 ordens judiciais em operação que apura morte de comerciante

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A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (12.06) a Operação Leviatã para o cumprimento de 12 ordens judiciais decretadas no âmbito das investigações que apuram o homicídio de um comerciante, ocorrido no mês de maio, em Barra do Garças. A ação é conduzida pela 1ª e 2ª Delegacia do município, com o apoio da Polícia Militar.

Dos mandados, quatro são de busca e apreensão domiciliar, quatro de prisão e quatro de afastamento de sigilo. As ordens judiciais foram cumpridas em Barra do Garças e Cuiabá.

A ação resultou na apreensão de munições calibres 28 e 9mm, porções de entorpecentes, além de diversos apetrechos relacionados ao tráfico de drogas.

O crime que vitimou o comerciante Luiz Carlos Vieira dos Santos, de 57 anos, ocorreu no dia 24 de maio, na tabacaria da vítima, na região central da cidade. Na ocasião, dois homens encapuzados e armados chegaram em um veículo Gol, entraram no estabelecimento e efetuaram os disparos contra a vítima, que estava no escritório.

Assim que foi comunicada dos fatos, a equipe da 1ª Delegacia de Polícia de Barra do Garças iniciou as diligências para identificar os envolvidos, assim como a motivação do crime. Com avanço das investigações, foi possível identificar os autores do crime, sendo representado pelas ordens judiciais, que foram deferidas pela Justiça.

Durante o cumprimento dos mandados, a equipe da Polícia Militar flagrou um dos alvos comercializando entorpecentes. Ao perceber a presença dos policiais, o suspeito reagiu efetuando disparos contra a equipe, momento em que ocorreu o confronto. O suspeito foi alvejado e imediatamente socorrido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), porém não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.

O segundo alvo da operação possui um extenso histórico criminal, com mais de 30 passagens por crimes de roubo, furto, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, e foi preso em sua residência.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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