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MATO GROSSO

Poder Judiciário de Mato Grosso

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A Comarca de Sorriso (a 398,2 quilômetros de Cuiabá) realizou oito Círculos de Paz para promoção da saúde, no mês de setembro. As ações, realizadas por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc), abordaram temas como o da saúde mental e reuniram profissionais da área e servidores para um momento de diálogo e construção. 
 
“Essas atividades são fundamentais para promover um espaço de diálogo e escuta ativa entre os profissionais da saúde. A iniciativa de proporcionar um ambiente de igualdade, em que cada participante é ouvido e respeitado, reforça a importância de cultivar a cultura do diálogo, o apoio emocional e a cooperação no ambiente de trabalho”, destacou o juiz Anderson Candiotto, coordenador do Cejusc Sorriso.
 
Os círculos foram realizados nas Unidades de Saúde Familiar dos Bairros Santa Clara, Jardim Primavera, Rota do Sol, Santa Maria, Bela Vista, Jardim Europa, Benjamin Raiser e Nova Aliança.
 
A campanha nacional de saúde, Setembro Amarelo, também foi um dos assuntos abordados. O encontro deste dia reforçou a importância da prevenção ao suicídio, com foco na conscientização, na redução do estigma e na promoção de um debate aberto sobre a saúde mental. “A ansiedade, a depressão e outros adoecimentos emocionais, embora se manifestem individualmente, são muitas vezes desencadeados por contextos de desigualdade, violência estrutural e discriminação no ambiente de trabalho”, pontuou o magistrado.
 
Uma das finalidades dos Círculos é criar ambientes isentos de críticas e julgamentos, para o desenvolvimento do diálogo. A atividade possibilita um clima laboral harmônico e colaborativo, ao promover relacionamentos saudáveis, influenciar na motivação e felicidade dos profissionais. 
 
A coordenadora de atenção primária da Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento de Sorriso, Catia Luciano, destacou que o retorno pós-encontro é satisfatório. “Em pesquisa realizada com os participantes dos Círculos, 96% dos 55 respondentes consideraram que a atividade contribuiu para o crescimento pessoal e 98% disseram que a atividade ajudou ou para o fortalecimento da equipe”.
 
 
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT 
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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