A violência no ambiente doméstico tem como principais vítimas as crianças, os adolescentes, as mulheres e os idosos e a fase da vida mais suscetível para experimentar drogas lícitas e ilícitas, é a adolescência. Daí vem a necessidade de, cada vez mais, falar sobre esses assuntos desde cedo, nas escolas. Este é uma das atividades que a equipe da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (Cemulher – TJMT) realiza.
Por isso, a equipe da Cemulher foi convidada pelo sargento da Polícia Militar, Anderson Quadros, responsável pela Rede Cidadã de Nova Olímpia (203 km de Cuiabá), para realizar uma palestra sobre violência doméstica na Escola Estadual Wilson de Almeida. Quem atendeu ao pedido foi a assistente social da Coordenadoria, Adriany Carvalho. Ela falou sobre o tema para 115 alunos (as) com idades entre 14 e 17 anos, que também assistiram a palestra do tenente PM, Emilton Jorge, sobre “drogas ilícitas”.
“Quando levamos a discussão sobre a violência doméstica para o ambiente escolar, estamos fomentando conhecimento e prevenção. A partir da educação, nossos jovens poderão se preparar para identificar e combater os vários tipos de violências. E se, por acaso, eles sofrem ou sofrerem algum tipo de violência vão aprender onde e como pedir ajudar. Queremos também que, se este for o caso, aprendam a se proteger e a não repetir comportamentos violentos”, explicou a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, coordenadora do Cemulher.
A palestrante Adriany Carvalho explicou que falar para alunos e alunas, em especial adolescentes, sobre violência doméstica é sempre uma experiência significativa porque muitos jovens podem estar vivendo ou já vivenciaram, ou ainda, conhecem alguém que está passando por esse tipo de situação em casa. E para eles ter um espaço para discutir e entender o que estão passando é crucial para que não reproduzam isso quando tiverem constituído família.
“Temos a oportunidade de oferecer a eles ferramentas para reconhecer comportamentos prejudiciais, entender a importância de relacionamentos saudáveis e evitar a repetição de padrões nocivos em suas próprias vidas. Entregamos uma cartilha com informações sobre como buscar ajuda e apoio, tudo com intuito de contribuir para a construção de uma sociedade mais consciente e respeitosa”, afirmou Adriany.
Para o sargento PM, Anderson Quadros, responsável pela Rede Cidadã no município, as palestras para jovens são importantes, porque Nova Olímpia registra um alto índice de violência contra mulheres. “Nós, da Rede Cidadã agradecemos essa parceria com o Poder Judiciário. A palestra foi de suma importância para nossas crianças e adolescentes, porque a palestrante mostrou para eles como identificar uma violência e a quem denunciar e não ficar tímido na hora de fazer a denúncia. Muitos não sabiam exatamente o que era uma violência contra a mulher. Coisas que eles consideravam normais, hoje eles sabem identificar como violência e sabem a quem recorrer”, afirmou o policial.
Palestras nas escolas – Diretores (as) e coordenadores (as) de escolas com alunos matriculados no Ensino Fundamental podem solicitar a realização da palestra “Violência Contra a Mulher” pelo e-mail cemulher@tjmt.jus.br.
Marcia Marafon
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
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Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT