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PNAD: mulheres gastam quase o dobro de tempo no serviço doméstico

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As mulheres dedicam aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas quase o dobro do tempo gasto pelos homens. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua 2022, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que as mulheres passam, em média, 21,3 horas semanais nessas atividades, enquanto os homens utilizam 11,7 horas.  

A Pnad avaliou a participação de pessoas com 14 anos ou mais de idade em atividades como cuidar da casa, da roupa, fazer comida e compras, por exemplo. Além disso, os agentes do IBGE coletaram informações sobre o cuidado dispensado a crianças, idosos, enfermos e pessoas com deficiência. 

O levantamento apontou que as 9,6 horas que as mulheres trabalham a mais que os homens representam uma diminuição em relação à pesquisa de 2019, quando a diferença era de 10,6 horas. Por causa da pandemia da covid-19, essa pesquisa não foi feita nos anos 2020 e 2021. 

Em 2022, 148,1 milhões de pessoas se dedicaram a cuidados da casa ou de pessoas. Isso representa 85,4% da população de 14 anos ou mais de idade. A Pnad detalha que enquanto 91,3% das mulheres realizaram alguma atividade relacionada a afazeres domésticos, esse percentual foi de 79,2% entre os homens.  

Entre 2019 e 2022, a proporção de mulheres que exerceram essas atividades caiu 1,1 ponto percentual. “Mas não dá para afirmar que a divisão de tarefas ficou mais equilibrada porque, entre os homens, a taxa ficou estável, passando de 79% para 79,2% no período”, diz a analista da pesquisa, Alessandra Brito. 

Um detalhe identificado é que o homem gasta mais horas (14,3 horas semanais) em cuidados da casa quando ele mora sozinho. Já entre as mulheres, é o inverso. Elas precisam dedicar mais tempo nos afazeres domésticos quando dividem o lar (até 24,1 horas semanais). “Seja por ter uma criança ali para ser cuidada ou por ter mais tarefas domésticas, por ter mais moradores no domicílio”, diz a analista do IBGE. 

Mulheres pretas 

Ao detalhar a proporção do trabalho doméstico entre as mulheres, a pesquisa verificou que as pretas têm o maior índice de realização das tarefas (92,7%), superando as pardas (91,9%) e brancas (90,5%).  

O levantamento do IBGE aponta também que quanto maior a escolaridade dos homens, maior a proporção dos que cuidam da casa ou de pessoas. Enquanto o índice entre os sem instrução ou ensino fundamental incompleto é de 74,4%, o dos que têm o ensino superior completo é de 86,2%. 

A pesquisa apresenta diferenças na divisão do trabalho doméstico de acordo com a região do país. Entre as mulheres nordestinas, 89,7% fazem atividades em casa, contra 71,6% entre os homens. Essa diferença de 18,1 pontos percentuais (p.p.) é a maior do país. A menor diferença é no Sul (9,3 p.p.). 

Cuidado de pessoas 

Houve uma diminuição no número de pessoas que dedicaram algum cuidado para moradores da casa ou parentes. No ano passado foram 50,8 milhões de pessoas. Isso representa 5,3 milhões a menos que em 2019.  

“Essa redução pode estar relacionada à diminuição da necessidade do cuidado com crianças, devido à menor fecundidade na pandemia. Ou pode estar ligada ao aumento da ocupação no mercado de trabalho em 2022, reduzindo a disponibilidade das pessoas para o cuidado”, analisa Alessandra Brito.  

Mais uma vez, a taxa de realização desses cuidados se diferencia conforme o sexo: 34,9% das mulheres e 23,3% dos homens. 

Trabalho voluntário 

O IBGE também se debruçou em cima de informações sobre realização de trabalho voluntário. Em 2022, 7,3 milhões de pessoas (4,2%) exerceram algum voluntariado. Um aumento de 603 mil pessoas em relação a 2019. A taxa de realização é maior entre as mulheres, 4,9% contra 3,5% dos homens.

Com o aumento da escolaridade, aumenta a proporção de realização do trabalho voluntário. Entre os sem instrução ou ensino fundamental incompleto, a taxa é de 2,7%. Entre os com superior completo é 6,9%.

Outro fator que leva ao aumento do voluntariado é a idade. Entre as pessoas de 14 a 24 anos, a taxa é de 2,5%. Entre os que têm 50 anos ou mais, 4,8%. 

Apesar do aumento no número de pessoas que fizeram trabalho voluntário, a média de 6,6 horas semanais ficou estável em relação à pesquisa de 2019.  

A frequência do trabalho voluntário se alterou. A maior parte das pessoas (42,3%) faz essas atividades quatro ou mais vezes por mês. Eram 46% em 2019. Já os que fazem eventualmente ou pelo menos uma vez por mês eram 39,4% em 2022, contra 37,5% em 2019. 

Fonte: EBC GERAL

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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