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Agronegócio

Plantio está atrasado, mas produtores já se preocupam com a ferrugem asiática

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A soja nem bem foi plantada (o plantio está atrasado em muitos regiões) e os produtores já estão preocupados com a ferrugem asiática, uma das doenças mais devastadoras para a cultura. Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a ferrugem pode comprometer até 90% da produção quando não é manejada adequadamente.

Para prevenir o impacto da ferrugem asiática, agricultores em todo o Brasil vêm adotando estratégias de monitoramento e controle rigoroso, investindo em fungicidas eficientes e mantendo boas práticas de manejo orientadas por técnicos locais. Esse controle começa com cuidados no solo, como adubação equilibrada e práticas como calagem e nutrição foliar após a germinação das plantas.

No Paraná, por exemplo, o sistema Alerta Ferrugem, coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) em parceria com a Embrapa e outras entidades locais, tem sido uma ferramenta valiosa para o monitoramento da doença.

Ele envia alertas aos produtores sobre o risco de ferrugem, ajudando a determinar o momento mais eficaz para a aplicação de fungicidas. O sistema conta com atualizações semanais e orientação técnica compartilhada via WhatsApp e grupos locais, servindo como modelo para programas semelhantes em outras regiões do país.

Edivan José Possamai, coordenador do programa Grãos Sustentáveis no IDR-PR, aponta que, com o uso de sistemas como o Alerta Ferrugem, produtores reduziram em até 35% as aplicações de fungicidas nas últimas safras, resultando em ganhos econômicos e ambientais. “O manejo controlado gera economia e reduz o uso de produtos químicos, promovendo a sustentabilidade na lavoura”, afirma.

Para enfrentar a ferrugem asiática, especialistas recomendam práticas como o uso de cultivares menos suscetíveis à doença, respeito ao calendário de plantio, e práticas culturais de rotação de culturas e vazio sanitário. Esses métodos, combinados com o controle eficiente das plantas invasoras e o uso estratégico de fungicidas, são essenciais para manter a produtividade e a saúde dos solos.

Com os avanços tecnológicos e o monitoramento constante, produtores em diferentes estados têm conseguido melhorar o controle da ferrugem asiática, aumentando a precisão das aplicações e evitando o uso desnecessário de produtos, preservando tanto o solo quanto o meio ambiente.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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