De acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira (5) pelo orgão, a temperatura média do ar em setembro no planeta foi de 16,38ºC, 0,93ºC superior ao período entre 1991 e 2020 e 0,5ºC acima do recorde anterior, registrado em 2020.
Na comparação com a média da era pré-industrial (1850-1900), a temperatura de setembro foi 1,75ºC superior – a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris busca limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC em relação ao século 19.
“Vivemos o setembro mais inacreditável do ponto de vista climático na história. Simplesmente não dá para acreditar”, disse o diretor do serviço de mudanças climáticas do Copernicus, Carlo Buontempo.
“A mudança climática não é algo que vai acontecer daqui a 10 anos, ela já está aqui”, acrescentou.
Julho de 2023 já foi o mês mais quente registrado pela humanidade, com uma temperatura média de 16,95ºC, e o ano caminha para bater recordes de calor.
Além da crise climática provocada pela emissão de gases do efeito estufa, também contribui para esse cenário o fenômeno do El Niño, caracterizado pelo aumento das temperaturas na superfície do Oceano Pacífico e com repercussões em boa parte do planeta.