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Agronegócio

PIB do Brasil cresceu 2,9% em 2023 impulsionado pelo agronegócio, aponta IBGE

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 2,9% em 2023, atingindo um total de R$ 10,9 trilhões, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (01.03). Esse aumento ficou dentro das expectativas do mercado, que variavam entre um crescimento de 2,8% e 3,2%. A expansão foi liderada pelo setor agropecuário, que viu um aumento de 15,1% em comparação com o ano anterior, seguido pelos setores de serviços e indústria, que cresceram 2,4% e 1,6%, respectivamente.

Analistas econômicos projetam um cenário menos otimista para 2024, embora não esperem uma retração significativa. Eles apontam para um ajuste natural após os resultados excepcionais de 2023, influenciados por fatores como a demanda internacional impulsionada pela guerra na Ucrânia e boas safras de soja e milho.

No entanto, desafios como problemas climáticos e o aumento dos custos de produção podem afetar a produtividade e os preços no setor agropecuário em 2024. Especialistas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Banco Inter indicam que o PIB do agro pode registrar uma leve queda este ano, variando entre 0,5% a 1%, ou até uma redução de até 5% em cenários mais pessimistas. Ainda assim, o desempenho do setor permanece em uma trajetória de crescimento.

O IBGE também ressaltou a importância do agro para o desempenho econômico do país, notando que sem esse setor, o crescimento do PIB de 2023 teria sido limitado a 1,6%. Além disso, as exportações brasileiras cresceram 9,1% em 2023, enquanto as importações sofreram uma redução de 1,2%.

Diante desse cenário, a taxa de investimento foi reportada em 16,5% do PIB em 2023, com a taxa de poupança atingindo 15,4%. Especialistas alertam para os impactos de uma menor safra de grãos e a queda dos preços internacionais das commodities agrícolas em 2024, o que pode contribuir para um crescimento mais modesto ou até mesmo uma leve retração do setor agropecuário no próximo ano.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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