Segundo a PF, Cerimedo integrou o “núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral”, divulgando fake news sobre o sistema de votação para criar um clima favorável ao golpe.
O argentino teve um papel destacado na disseminação de supostos estudos sobre irregularidades na votação de outubro de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou Bolsonaro, indica o relatório da PF.
Cerimedo trabalhou ao lado do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do tenente-coronel Mauro Cid, ex auditor de ordens de Bolsonaro entre 2019 e 2022. Em 2023, Cid se tornou delator premiado.
Fernando Cerimedo tem uma antiga relação com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que fez várias viagens à Argentina em 2022 e 2023 para apoiar Milei. O deputado é o elo entre o presidente argentino e Jair Bolsonaro.
Cerimedo é considerado um “guru” da campanha de Milei, da coalizão “La Libertad Avanza”, nas redes sociais em 2023.
Cerimedo afirma ter uma especial admiração por Milei e assegura que sua assessoria na campanha do “La Libertad Avanza” foi “ad honorem” (para a honra, sem contrapartida).