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BRASIL

PF desarticula grupos que lavavam dinheiro do tráfico internacional

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A Polícia Federal (PF) deflagou na manhã desta quarta-feira (12) uma operação para desarticular grupos criminosos especializados na lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas e outros delitos. A Operação Bahamut conta com 80 agentes nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  

Segundo a PF, as duas quadrilhas investigadas chegaram a movimentar R$ 2 bilhões de reais desde 2017.

Foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro 11 mandados de prisão preventiva e 29 de busca e apreensão. Até as 10 horas da manhã, oito pessoas foram presas. 

A Justiça determinou também o sequestro de bens e valores em nome dos investigados, de laranjas (pessoas que “emprestam” o nome para terceiros) e de empresas de fachada, utilizadas para ocultação de patrimônio ilícito. Ao todo foi determinado o bloqueio de aproximadamente R$ 250 milhões, além da interdição de bens móveis e imóveis.

Vida de luxo

Os policiais federais apreenderam ao menos seis carros de luxo e dinheiro em espécie, sendo R$ 2 milhões e mais 2 milhões de pesos argentinos (o equivalente a mais de R$ 36 mil).

Alguns alvos da operação ostentavam vida de luxo, moravam em imóveis de alto padrão, tinham veículos importados caríssimos e faziam viagens internacionais de maneira constante.

A investigação da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/RJ) é desdobramento das Operações Tamoios e Brutium, realizadas no Rio de Janeiro nos anos de 2021 e 2022 e que buscaram reprimir a prática de tráfico de cocaína para a Europa, por meio de navios. 

“As apurações constataram que dois núcleos distintos, com formas de atuação semelhantes e comandados por estrangeiros, prestavam aos investigados por tráfico de drogas suporte financeiro por meio do branqueamento de capitais [lavagem de dinheiro]”, explica a PF em comunicado à imprensa. 

Uma casa de câmbio no Rio de Janeiro foi identificada como responsável pela entrada de dinheiro provenientes de outros países para o pagamento de traficantes no Brasil.

“Verificou-se que a atuação dos suspeitos se baseava na criação de empresas de fachada em nome de interpostas pessoas [laranjas], as quais eram utilizadas para a abertura de contas usadas na movimentação dos valores ilícitos”, detalha a PF.  

Mais de 20 empresas criadas com essa finalidade foram identificadas pelos investigadores. O trabalho de apuração também apontou a realização de transações financeiras e negociações envolvendo o Brasil e países da Europa, América do Norte e América do Sul.  

A Polícia Federal constatou que os grupos criminosos também forneciam o serviço de lavagem de dinheiro por meio de criptoativos.  

Os fatos investigados abrangem os crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira e lavagem de capitais. Em caso de condenação, as penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão.

O nome da operação, Bahamut, faz alusão a uma criatura da mitologia árabe que sustenta a Terra. De acordo com a PF, no caso das investigações, os grupos se prestavam a sustentar a articulação financeira ilícita das organizações criminosas.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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