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MATO GROSSO

Pesquisadores de MT realizam avaliação genética das raças Braford e Brangus

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Pesquisadores de Mato Grosso, do Programa de Apoio a Núcleos Emergentes, desenvolveram projeto de pesquisa para avaliar a associação genética, entre diversas características de crescimento, reprodução e carcaça, em bovinos das raças Braford e Brangus em Mato Grosso.

A pesquisa é coordenada pelo professor doutor Mário Santana, da área de Melhoramento Genético Animal da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), e financiada pelo Governo do Estado, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

Conforme os pesquisadores, a raça Braford surgiu do cruzamento controlado dos gados Hereford com o Nelore, enquanto a raça Brangus é originada do cruzamento entre as raças Angus e Nelore. Tanto a Braford quanto a Brangus são consideradas relativamente bem adaptadas aos ambientes brasileiros de produção, possuindo interessantes características relacionadas à qualidade da carne.

Na avaliação genética, foram analisadas características como: ganho em peso da desmama ao sobreano, escores visuais de conformação, precocidade, desenvolvimento muscular, tamanho, perímetro escrotal, dias para o parto e as características de carcaça área de olho de lombo e espessura de gordura subcutânea que foram obtidas por ultrassonografia.

A seleção de características de crescimento, como pesos e ganhos de peso, é uma prática comum em programas de melhoramento genético. No entanto, essa abordagem pode ter efeitos colaterais indesejados em outras características econômicas importantes, como tamanho do animal, deposição precoce de gordura e características reprodutivas. Além disso, focar exclusivamente no ganho médio diário em peso pode não ser suficiente para avaliar a qualidade da carcaça.

“Em outras palavras, a análise genética dos dados provenientes da ultrassonografia permite identificar reprodutores e matrizes que carregam genes associados a uma maior qualidade da carne. A disseminação do material genético desses exemplares de alto padrão genético, especificamente voltado para características de carcaça, pode desempenhar um papel significativo na melhoria contínua da qualidade da carne produzida em Mato Grosso. Esse processo, por sua vez, contribui para elevar a competitividade do nosso produto no mercado”, ressaltou o pesquisador Mário Santana.

Para alcançar isso, “é essencial realizar uma análise complementar desses dados obtidos no campo, conhecida como avaliação genética. No processo de avaliação genética, os dados de ultrassonografia da carcaça passam por uma técnica genético-estatística avançada para revelar o verdadeiro potencial genético dos animais para aquela característica específica”, disse.

Esse procedimento de avaliação genética é fundamental, uma vez que, ao avaliar um animal, seja por ultrassonografia ou por qualquer outro método, como pesagem, a medida reflete uma combinação de efeitos genéticos e ambientais.

“É crucial destacar que um animal apenas transmite genes para seus descendentes e não seu fenótipo. Portanto, para impulsionar efetivamente o melhoramento genético, chegamos à conclusão de que é imperativo selecionar genes de alta qualidade para aprimorar a qualidade da carcaça, indo além da escolha apenas de fenótipos aparentemente favoráveis, uma crença que às vezes é equivocadamente sustentada por alguns”, completou o pesquisador.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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