Deputados federais acreditam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está indo na direção errada. É o que aponta a nova pesquisa do instituto Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (22). Segundo o estudo, 52% dos parlamentares acreditam que o Brasil não está em bons rumos, enquanto 38% acham que sim. Outros 10% não sabem ou não responderam.
O estudo foi feito a partir de entrevistas presenciais com 183 deputados federais entre os dias 29 de abril e 20 de maio. Os parlamentares foram selecionados com base na divisão da Câmara dos Deputados em regiões do País e em grupos ideológicos dos partidos. A margem de erro é de 4,8 pontos porcentuais para mais ou para menos.
A pesquisa divulgada pela Quaest é a segunda feita com os deputados durante o terceiro mandato de Lula. Em agosto do ano passado, 42% acreditavam que o Brasil estava indo na direção errada, o que evidencia um crescimento da avaliação negativa em 10 pontos porcentuais. Na época, 52% elogiavam os rumos tomados pelo governo, o que mostra um recuo de 14 pontos porcentuais.
Na avaliação geral do governo Lula, 42% dos deputados acham que o presidente está fazendo um mandato ruim e 32% julgam positivamente o trabalho feito pelo governo. Outros 26% acreditam que a gestão do petista é regular e 1% não sabe ou não respondeu.
Na pesquisa feita em agosto do ano passado, a avaliação positiva era de 35%, o que mostra uma oscilação negativa dentro da margem de erro. A rejeição, por sua vez, era de 33%, nove pontos porcentuais a menos do que o estimado no estudo divulgado nesta quarta-feira.
Os deputados estão divididos sobre a capacidade de Lula aprovar a sua agenda de governo. Segundo a Quaest, 47% dos parlamentares acreditam que o Executivo conseguirá aprovar suas pautas no Congresso, enquanto os mesmos 47% observam que isso não será possível. Outros 6% não sabem ou não responderam
Atenção aos parlamentares Boa parte dos deputados também avalia negativamente o tratamento dado pelo governo Lula ao Congresso. Para 43%, a relação entre o Executivo e o Legislativo é ruim, enquanto que 22% acham que ela é boa. Outros 33% consideram a articulação regular. Para 64%, o Executivo dá menos atenção do que deveria aos parlamentares, enquanto que apenas 4% acham que a gestão petista dá mais atenção do que o necessário. Outros 27% acham que ele faz o tratamento devido ao Legislativo.
A grande maioria dos deputados (77%) afirmou que já foi recebida por algum ministro do governo petista, enquanto que 19% nunca se reuniram com os chefes das pastas. Porém, é menor a recepção de deputados que integram partidos que estão na oposição ao governo. A metade (50%) respondeu que já se reuniu com ministros, enquanto 41% declararam que não.
Chamado de “incompetente” e de “desafeto pessoal” pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi o membro do governo Lula mais lembrado como o interlocutor mais efetivo do Executivo, com 12% das respostas espontâneas dos parlamentares. O segundo interlocutor mais citado foi o ministro das Cidades, Jader Filho, com 4%. Escalado por Lula para dialogar com os parlamentares sobre pautas econômicas do governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi lembrado por apenas 1% dos deputados.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.