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MATO GROSSO

Pesquisa de MT comprova eficiência do uso de resíduos de vidro na produção de blocos de concreto

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Pesquisa produzida em Mato Grosso, com fomento do Governo do Estado, comprovou a eficiência da reutilização de resíduos de vidro como substitutos da areia na área da construção civil. Conforme a pesquisa, os resíduos se mostraram uma alternativa sustentável para reduzir a extração de matérias primas da natureza.

O estudo, coordenado pela doutora da área de Ciências Agrárias Adriana Garcia do Amaral, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), foi contemplado em edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

De acordo com a pesquisadora, o objetivo foi investigar a viabilidade técnica de substituir a areia por resíduo de vidro na fabricação de blocos de concreto seco, buscando um produto com melhor desempenho ambiental.

A pesquisa indicou resultados promissores. Foi observado que, apesar de sua superfície lisa e irregular, o vidro se mostrou um material com características superiores à areia, proporcionando maior resistência aos blocos. Isso porque a granulometria mais fina do pó de vidro contribuiu para a redução do índice de vazios nos blocos, preenchendo e fechando poros, resultando em maior resistência.

Além disso, a pesquisa apontou que partículas mais finas do vidro podem ter efeitos pozolânicos no concreto, como também demonstrado em outros estudos.

A resistência dos blocos produzidos com vidro aumentou com o passar do tempo, indicando que os produtos de hidratação formados durante o processo contribuem para melhorar as características físicas do concreto. Não foram identificadas patologias decorrentes de reações indesejadas, como álcali-agregados, tornando o material ainda mais promissor.

Impactos ambientais e vantagens sustentáveis

Conforme a pesquisa, a reutilização de resíduos de vidro na fabricação de blocos de concreto apresenta diversas vantagens sustentáveis. Em primeiro lugar, reduz significativamente o acúmulo de resíduos de vidro em aterros e lixões, diminuindo os impactos ambientais negativos associados a esse material.

Além disso, ao utilizar vidro reciclado como agregado na produção de blocos, há a redução na extração de areia, recurso natural escasso em algumas regiões e que apresenta alto impacto devido à sua extração. Dessa forma, a pesquisa contribui para a preservação de ecossistemas e habitats naturais.

“A pesquisa comprovou que a substituição é uma prática viável e benéfica na fabricação de blocos de concreto. Além de promover um produto com melhor desempenho ambiental e maior resistência, a reutilização de vidro na construção civil é uma solução concreta para a redução dos impactos negativos da produção industrial e para a promoção de práticas sustentáveis. A pesquisa ressalta a importância de investir em soluções inovadoras e sustentáveis para enfrentar os desafios ambientais em diversos setores. “, destacou a pesquisadora.

A doutora ressaltou que, com base nesses resultados, espera-se que a indústria da construção civil adote cada vez mais a utilização de vidro reciclado em seus processos, contribuindo para um futuro mais sustentável e consciente das questões ambientais.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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