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Agronegócio

Pesquisa da Aprosoja estima em 20% a quebra da safra de soja em Mato Grosso

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A produção de soja em Mato Grosso deve sofrer uma redução de 20% na safra 2023/24, de acordo com pesquisa realizada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado (Aprosoja-MT). A queda na produtividade é atribuída às ondas de calor e à diminuição das chuvas, com os produtores relatando um declínio de 62,30 sacas por hectare para 49,68 sacas por hectare nas áreas pesquisadas.

O estudo, que envolveu mais de 600 associados e cobriu 862 mil hectares, representa 7,10% do total cultivado de soja em Mato Grosso. O projeto Aproclima da Aprosoja-MT aponta que as temperaturas máximas permaneceram acima da média da safra anterior, alcançando até 44°C. Em comparação, a cidade de Água Boa registrou temperaturas de 43°C em outubro de 2023, superando os 40°C do ano passado. Em novembro, o calor também se mostrou mais intenso, com máximas de 40°C ante 37°C em 2022.

Além do calor, a escassez de chuvas é uma preocupação, especialmente no Médio-Norte do estado, onde o município de Vera observou uma redução de 52% no volume de chuvas entre setembro e novembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A situação das plantações varia, com 34,31% das lavouras classificadas como em boa ou ótima condição, 37,7% em estado regular e 27,58% em condições ruins ou péssimas. A pesquisa enfatiza que a continuidade da seca pode agravar as condições das plantas nas fases subsequentes de desenvolvimento.

Milho safrinha – A estiagem prolongada impactou o calendário agrícola, causando atraso no plantio da soja e comprimindo a janela ideal de semeadura do milho segunda safra, que deve ter sua área reduzida em 24,59%. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) confirma que este atraso supera a média dos últimos cinco anos. A região Oeste é a mais afetada, com uma redução estimada de 42,31% na área de milho segunda safra. As demais regiões também apresentam diminuições significativas.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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